2007-08-21 19:19:51

IGREJA NO CANADÁ PEDE QUE VÉRTICE DOS LÍDERES NORTE-AMERICANOS PRIORIZE BEM COMUM E DIREITOS HUMANOS


Québec, 21 ago (RV) – O olho do furacão Dean abateu-se sobre a costa mexicana do Iucatã, na altura de Chetumal, capital do estado mexicano de Quintana Roo, no confim com o Belize.

Os ventos portados pelo Dean _ furacão da categoria máxima "5" _ têm uma velocidade de 250 km/h, com rajadas que chegam a 300 km/h. O olho do furacão empregou de oito a dez horas para atravessar a península do Iucatã e chegar ao Golfo do México. Em seu percurso, porém, ele perdeu força, passando da categoria "5" à categoria "3", e depois à "2". Isso significa que seus ventos, que antes sopravam à velocidade de mais de 250 km/h, desceram para 200 km7h. Mas o alarme continua de pé.

As NN. UU. decidiram enviar duas equipes especiais às zonas atingidas até agora: uma à Jamaica, a ilha que sofreu os maiores danos, e outra ao Belize, por onde o furacão acabou de passar.

Os responsáveis da missão "Endeavour" decidiram antecipar para hoje, a volta do ônibus espacial, ao final de uma missão de 14 dias, precisamente para evitar contacto com o furacão. Também o presidente do México, Felipe Calderón, que estava participando de uma reunião de cúpula. em Québec, com o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, e o presidente dos EUA, George W. Bush, decidiu voltar antes, ao México para acompanhar pessoalmente a situação de emergência criada pela passagem do furacão pelas costas mexicanas.

A propósito desse encontro, a Igreja canadense e os membros de uma coalizão que reúne os organismos religiosos no Canadá (MESA) enviaram uma carta ao primeiro-ministro canadense, Stephen Harper.

Na carta, pedem aos líderes do Canadá, Estados Unidos e México que coloquem o bem comum e os direitos humanos no centro do vértice, e que promovam entre os três países, relações comerciais justas.

Os representantes religiosos do Canadá fazem ainda uma dura crítica ao Acordo de Livre Comércio da América do Norte, o NAFTA. E expressam sua inquietação com o fato de o governo canadense copiar esse modelo, sem proceder a um aprofundado exame de seus impactos.

"A regulamentação de temas como imigração, energia, recursos naturais e segurança, em conformidade com o modelo corrente, corre o risco de agravar o efeitos nefastos do atual modelo do NAFTA, sem poder garantir o bem-estar e a segurança de toda a população canadense."

Por fim, os organismos religiosos pedem que o governo canadense se certifique de que todos os acordos comerciais e financeiros assinados durante o encontro de cúpula estejam subordinados ao Direito e a todos os acordos internacionais que garantem os direitos humanos universalmente reconhecidos, a igualdade dos sexos, os direitos do trabalhador, dos trabalhadores migrantes e dos povos autóctones. (PL -BF/AF)







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