DOM BRUNO FORTE RESSALTA: MAGISTÉRIO DO PAPA NOS EXORTA A RECONEHCER A VERDADEIRA
IDENTIDADE DA IGREJA
Cidade do Vaticano, 18 ago (RV) - Tem sido noticiada, nestes dias, a intenção
do governo ugandense, de reduzir o status da Igreja a simples ONG. Uma tendência _
ressalta hoje o diário católico italiano, "L'Avvenire", da Conferência Episcopal Italiana
_ presente também em outros países do sul do mundo.
Por outro lado, no mês
passado, o semanário britânico "The Economist" havia pedido à Santa Sé que renunciasse
a seu "status diplomático" e "se definisse por aquilo que é, ou seja, a maior ONG
do mundo".
Essas visões redutivas da natureza e da identidade da Igreja podem
assimilar-se, num certo sentido, àquelas tentativas para as quais, reiteradas vezes,
Bento XVI pediu nossa atenção: tentativas de eliminação da fé e do elemento religioso
da dimensão pública. Para uma reflexão a esse propósito, a Rádio Vaticano ouviu o
renomado teólogo Bruno Forte, arcebispo de Chieti-Vasto, Itália.
Dom Bruno
Forte:- "Uma constante no magistério do papa Bento XVI é a evocação à dimensão
sobrenatural e mística da Igreja. Também sua encíclica "Deus caritas est" é particularmente
forte sobre esse ponto, ao evidenciar que o amor, o amor puro, verdadeiro, alto e
gratuito vem de Deus e volta para Deus, envolvendo o coração do homem. Bento XVI observa
também, que a Igreja _ que é a Igreja do amor, é o povo daqueles que se reconhecem
amados no Amado _ não pode ser reduzida a mera agência social, na qual o serviço aos
outros é feito somente por motivações de compromisso profissional ou de lucro econômico,
ou ainda, de princípios humanitários genéricos. A Igreja é a comunidade daqueles que
reconhecem a fonte da caridade, que os impele a agir não em si mesmos mas em Deus."
(RL/AF)