NOTA DE DOR DO EPISCOPADO PERUANO PELA PERDA DE TANTAS VIDAS HUMANAS
Lima, 17 ago (RV) - Após o apelo do papa, a Igreja no Peru, e a Caritas do
país andino ajudada pela Caritas Internacional estão intensificando os esforços para
levar socorro às populações atingidas pelo terremoto que, dois dias atrás, devastou
a zona costeira sul peruana.
O último balanço, infelizmente destinado a agravar-se,
dá conta de mais de 510 mortos e pelo menos 1.500 feridos, segundo o vice-comandante
do Corpo de Bombeiros do Peru, Roberto Ognio. Por sua vez, a Conferência Episcopal
Peruana expressa, mediante um comunicado da presidência, seu pesar e solidariedade
às famílias das vítimas.
"Nestas horas de dor _ lê-se numa nota do Episcopado
_ os bispos peruanos se fazem próximos a todas as pessoas provadas por tal tragédia,
que deixou centenas de mortos. Este terremoto _ escrevem os prelados _ deve ser motivo
especial de oração dirigida a Deus por todas as famílias que estão sofrendo."
Além
disso, ressaltam que a "solidariedade humana e cristã deve nos impulsionar a nos fazermos
próximos" aos atingidos por esse terremoto. Este é um momento de prova para o Peru
_ lê-se ainda _ mas também "de esperança, unidade e amor".
A Igreja peruana
lança, portanto, uma ação urgente de solidariedade, mediante o compromisso concreto
da Caritas e a abertura de uma conta corrente para a emergência. Além disso, foi anunciado
que, no próximo domingo, dia 26 do corrente, em todas as paróquias peruanas se terá
uma coleta em prol das vítimas do abalo sísmico.
Na esteira da mensagem do
Santo Padre, os bispos do Peru pedem às instituições que prestem socorro de modo generoso
aos que sofrem.
A situação permanece dramática nestas horas, quando se tenta
fazer um primeiro balanço dos ingentes danos às infra-estruturas. O Instituto Nacional
de Defesa Civil informou que cerca de 17 mil casas foram destruídas e, portanto, há
dezenas de milhares de desabrigados, em particular em Ica, a província mais atingida
pelo sismo.
No que concerne a outros danos materiais, foi registrada a destruição
de nove rodovias estaduais, oito hospitais, quatro igrejas, duas escolas e dois hotéis.
O governo peruano decretou três dias de luto nacional.
Por sua vez, o secretário-geral
da ONU, Ban Ki-moon, expressou seu pesar aos familiares das vítimas. (RL/AF)