COMUNIDADE ECUMÊNICA DE TAIZÉ RECORDA O IRMÃO ROGER SCHUTZ, A DOIS ANOS DE SUA MORTE

Cidade do Vaticano, 16 ago (RV) - "O seu testemunho de fé cristão e de diálogo ecumênico foi um precioso ensinamento para inteiras gerações de jovens": com essas palavras, pronunciadas durante a Audiência Geral de 16 de agosto de um ano atrás, em Castel Gandolfo, Bento XVI recordava a figura do fundador da Comunidade Ecumênica de Taizé, Ir. Roger Schutz, assassinado por uma desequilibrada mental, no dia 16 de agosto de 2005.

Esta noite, no segundo aniversário de sua morte, a comunidade de Taizé o recordará com um encontro de oração. Sobre a herança deixada pelo Ir. Roger, ouçamos seu sucessor, Ir. Alois Loser:

Ir. Alois Loser:- "Irmão Roger era como João Batista: queria mostrar a presença de Deus, e não colocar-se, ele mesmo, no centro. E isso nós o vemos nos jovens que, após dois anos, continuam vindo aqui, numerosos. Os encontros continuam com uma intensidade muito bela."

P. Ir. Alois, o senhor teria alguma recordação particular do Ir. Roger que gostaria de partilhar conosco?

Ir. Alois Loser:- "A sua bondade, que era sempre um encorajamento, e a sua paixão pela comunhão da Igreja. Pode-se dizer que durante toda a sua vida teve uma paixão pela comunhão da Igreja."

P. Bento XVI recordou o grande testemunho de diálogo ecumênico do Ir. Roger. A seu ver, o que se deve fazer hoje, para prosseguir no caminho do ecumenismo?

Ir. Alois Loser:- "Aqui temos, toda semana, jovens de diversas Igrejas, ortodoxa e católica, e também as comunidades protestantes. Estão aqui para ajudar o ecumenismo. É muito importante unir-se numa oração comum. Todo dia, três vezes por dia, estamos juntos, em oração, e creio que isso pode preparar o caminho para o ecumenismo."

P.Ir. Alois, uma última questão: qual é, hoje, o compromisso da Comunidade de Taizé ao longo do caminho traçado pelo Ir. Roger?

Ir. Alois Loser:- "Continuamos os encontros aqui em Taizé, semana após semana, e agora estamos preparando um encontro na Bolívia, em outubro, para os jovens da América Latina. O tema será "A reconciliação", porque a Igreja pode contribuir para a reconciliação na sociedade. No final do ano, teremos o encontro europeu em Genebra, na Suíça. Milhares de jovens serão acolhidos nas paróquias, isso porque nós queremos criar um movimento de Taizé, mas sempre dizemos aos jovens: "Ide às paróquias, ide à vossa Igreja local." E o encontro europeu quer ajudar os jovens a desenvolverem esse sentido da Igreja." (RL/AF)