(16/8/2007) A Missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) informou, que a situação
no país continua "volátil e com actos de violência esporádicos", após vários dias
de tumultos públicos em vários pontos da região.
O sub-director do UNMIT,
Eric Huck Gim, declarou em conferência de Imprensa, em Díli, que a atmosfera local
está tensa em Baucau e Viqueque, as principais cidades da região oriental do país,
e que na capital as coisas tendem a acalmar. Segundo o responsável das Nações Unidas,
"alterar a vida normal do país, como incendiar escolas e edifícios públicos e privados,
fazer deslocar pessoas dos seus locais de residência e comprometer a segurança de
pessoas não é o caminho para levar o país para a frente".
Os distúrbios em
Timor-Leste foram desencadeados no passado dia 13 quando o presidente timorense, José
Ramos-Horta, designou como primeiro-ministro Xanana Gusmão, do Conselho Nacional para
a Reconstrução do Timor Leste, e não o candidato da Fretilin, o partido vencedor das
eleições de 30 de Junho passado. Xanana Gusmão dirige uma coligação de quatro formações
políticas que controla 37 dos 65 lugares do novo parlamento de câmara única, enquanto
que a Fretilin, embora vencedora nas eleições, apenas obteve 21 deputados. Timor-Leste
atravessa uma crise política desde Abril de 2006.