2007-08-11 16:13:07

PRESIDENTE DO PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A CULTURA PRESIDE EXÉQUIAS DO CARDEAL JEAN-MARIE LUSTIGER


Paris, 10 ago (RV) – Foram celebradas esta manhã, na Catedral de Notre-Dame, em Paris, as exéquias do Cardeal Jean-Marie Lustiger, arcebispo emérito da capital francesa, falecido no último domingo, aos 80 anos.

Bento XVI enviou como seu representante às exéquias do purpurado, o presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Paul Poupard.

Foi o Cardeal Poupard quem presidiu à missa de corpo presente, que contou com a presença do cardeal-arcebispo de Colônia, Alemanha, Joachim Meisner, do cardeal-arcebispo de Westminster, Inglaterra, Cormac Murphy-O'Connor, do vigário do papa para a Diocese de Roma, Cardeal Camillo Ruini, e do cardeal-arcebispo de Viena, Áustria, Christoph Schönborn, entre outros.

Participaram também da celebração, representantes de outras Igrejas cristãs e comunidades eclesiais, além de expoentes do Judaísmo, provenientes de diversos países. A França estava representada pelo presidente do país, Nicolas Sarkozy, pelo primeiro-ministro, François Fillon e outras personalidades do governo.

O Santo Padre enviou uma mensagem de pesar, na segunda-feira, ao atual arcebispo de Paris, Dom André Vingt-Trois, por ocasião do falecimento do purpurado. No texto, ele define o Cardeal Lustiger como uma "grande figura da Igreja, pastor apaixonado pela busca de Deus e pelo anúncio do Evangelho ao mundo".

O Santo Padre sublinha ainda, que o Cardeal Lustiger foi um "homem de fé e de diálogo, que se dedicou generosamente à promoção de relações sempre mais fraternas entre cristãos e judeus".

Segundo o presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Paul Poupard, o Cardeal Lustiger era uma pessoa íntegra e decidida; uma pessoa que tinha uma forte presença também fisicamente: no corpo, na face muito aberta, e nos seus olhos penetrantes.

"Quando nos encontrávamos com ele _ disse o purpurado _ se respirava, mesmo antes que ele falasse, uma presença forte, mediante a qual se podia descobrir que ele vivia como São Paulo. "Para mim viver é Cristo" _ poderíamos resumir tudo assim. Arrebatado por Cristo como São Paulo, em toda sua vida de sacerdote, e depois como bispo e arcebispo de Paris, foi sempre Cristo."

O Cardeal Poupard sublinhou ainda, que o Cardeal Lustiger teve uma função única no diálogo com o mundo judeu. "Ele que era de família judia, e descobriu sozinho o Evangelho. Durante a II Guerra Mundial, estava em Orléans, junto com uma família católica e, numa sexta-feira santa, escutou o mistério da paixão, na catedral. Foi batizado aos 14 anos como Jean-Marie, mas conservou seu nome judeu _ Aron _ conservando, assim, sua dupla e única personalidade: Jean-Marie Aron Lustiger" _ concluiu o cardeal Poupard. (MJ)







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