2007-08-07 20:12:15

CARDEAL GUATEMALTECO FALA SOBRE CASO DOM GERARDI


Cidade da Guatemala, 7 agos (RV) - O arcebispo de Cidade da Guatemala, Cardeal Rodolfo Quezada Toruño, assinalou que "a Igreja perdoa e esquece, mas queremos saber a quem temos que perdoar", disse ele em alusão ao assassinato, em 1998, do bispo auxiliar da capital guatemalteca, Dom Juan José Gerardi, cujos autores intelectuais ainda não foram descobertos.

Nesse sentido, expressou que com a aprovação, por parte do Congresso, da "Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala", pode-se conseguir descobrir os autores intelectuais. "Indubitavelmente, Dom Gerardi não é o único assassinado no país, mas é um caso que deve ser esclarecido", frisou o purpurado durante a missa do último domingo.

O Cardeal Toruño disse estar de acordo com a aprovação da Comissão, mas advertiu que "os cidadãos estão obrigados a ver como se desdobra" esta comissão, à qual a ONU "deve mandar gente capaz e honesta".

Com relação ao caso de Dom Gerardi, o arcebispo de Cidade da Guatemala recordou que "o Tribunal já pediu que se investigasse os possíveis autores intelectuais. Essa é missão do Ministério Público e veremos se nos colocamos como querelantes".

Dom Juan Gerardi foi assassinado no dia 28 de abril de 1998. A justiça só julgou e condenou à prisão Byron Lima Oliva, Byron Disrael Lima, e o sacerdote Mario Orantes Nájera, enquanto um quarto envolvido foi assassinado em 2003 na prisão. Inclusive não se estabeleceu quem ou quais ordenaram o crime contra o prelado.

A criação da Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala é apoiada pela ONU e foi aprovada na quarta-feira passada pelo Congresso, que o definiu como uma necessidade de "urgência nacional", ante uma indecisão de vários anos.

A Comissão estará integrada por especialistas internacionais que deverão descobrir grupos criminosos com vínculos nas dependências públicas. (SP)







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