Morreu o Cardeal Jean Marie Lustiger, antigo Arcebispo de Paris: telegrama de pêsames
de Bento XVI
(6/8/2007) Morreu este Domingo o Cardeal Jean-Marie Lustiger, Arcebispo Emérito de
Paris, após doença prolongada. Durante um quarto de século, este judeu convertido
ao catolicismo transformou profundamente o rosto da Diocese parisiense, empenhando-se
em várias iniciativas pastorais, entre as quais o Congresso Internacional para a Nova
Evangelização (ICNE), que conta com a participação do Patriarcado de Lisboa. O
actual Arcebispo de Paris, D. André Vingt-Trois, refere em comunicado que as últimas
horas do Cardeal Lustiger foram "particularmente dolorosas e penosas". As exéquias
serão celebradas Sexta-feira, 10 de Agosto, na Catedral de Notre-Dame de Paris. Formado
em filosofia e teologia, Jean-Marie Lustiger foi ordenado sacerdote em 1954, Bispo
de Orleans, em 1979, e Arcebispo de Paris, em 1981. Foi criado Cardeal em 1983, pelo
Papa João Paulo II, com quem teve uma forte ligação. Do seu trabalho destaca-se
a difusão dos ideais católicos bem como a firme defesa do diálogo entre as religiões,
sobretudo entre judeus e católicos, destacando entre as suas obras ("Sermões de um
padre de Paris", de 1978) e (Pão da vida, povo de Deus, de 1981). A sua mãe era
uma imigrante polaca e morreu no campo de concentração nazi de Auschwitz. O Cardeal
e a irmã conseguiram escapar e, em Agosto de 1940, converteu-se ao catolicismo. Bento
XVI, com viva emoção soube da noticia da morte do Cardeal Jean Marie Lustiger, esta
grande figura da Igreja na França, homem de fé e de diálogo, que se gastou generosamente
para promover relações cada vez mais fraternas entre cristãos e judeus. Esta afirmação
está contida no telegrama de pêsames pela morte do arcebispo emérito de Paris, enviado
pelo Papa a D. André Vong-.Trois, arcebispo de Paris . Na mensagem, Bento XVI recorda
também a obra daquele purpurado a favor dos jovens, da missão, e para tornar presente
o Evangelho em todos os campos da vida social