SACERDOTES SÃO DETIDOS APÓS PUBLICAÇÃO DA CARTA DO PAPA AOS CATÓLICOS CHINESES
Pequim, 4 agos (RV) - Ao menos onze sacerdotes da Igreja católica "clandestina"
ou subterrânea _ fiel ao papa e à Igreja de Roma _ estão detidos em várias regiões
da China: é o que informa a agência AsiaNews, do Pontifício Instituto das Missões
Exteriores (PIME).
Segundo a referida agência, as condições dos sacerdotes
se agravaram por causa da Carta do papa aos católicos chineses, publicada dia 30 de
junho passado.
No Hebei, Zhejiang e Mongólia _ afirma a agência do PIME _ todas
as atividades da Igreja clandestina, não reconhecida pelo governo chinês, foram bloqueadas.
Durante
o período de verão, os sacerdotes realizam encontros e catequeses para jovens e adultos,
mas o controle da polícia e a prisão de vários sacerdotes tornam impossível a realização
das atividades pastorais.
As últimas prisões ocorreram no dia 24 de julho passado,
na região de Ximeng, na Mongólia, quando três sacerdotes foram detidos pela polícia.
Segundo
AsiaNews, essa série de prisões é uma resposta dos governos locais à Carta
do papa, considerando que "se verificou uma rigidez por parte da policia e da Associação
Católica Patriótica como reação à publicação da carta".
Também em 1999, por
ocasião de alguns diálogos entre China e Vaticano sobre possíveis relações diplomáticas,
se verificaram algumas prisões na tentativa _ ressalta Asianews _ de tornar
a Igreja Clandestina obediente, através de uma reeducação por parte da Associação
Católica Patriótica. (MJ)