IGREJA NO MÉXICO PROMOVE CAMPANHA CONTRA TRÁFICO DE PESSOAS
Cidade do México, 28 jul (RV) - A Igreja católica no México, através da dimensão
Pastoral da Mobilidade Humana, está realizando, desde maio passado, uma campanha contra
o tráfico de pessoas _ escravidão do Séc. XXI _ que tem muitos rostos; entre eles,
a exploração sexual, trabalhista, o tráfico de órgãos e a servidão sem respeito algum
pelos direitos humanos.
A referida pastoral tomou a iniciativa, considerando
sobretudo o tráfico de ilegais na fronteira com os Estados Unidos, que, ano após ano,
faz entrar de maneira ilícita, meio milhão de mexicanos e provoca uma média de 500
mortes na tentativa de chegar ao "sonho americano".
O ponto de partida dessa
campanha foi a carta pastoral das conferências episcopais dos dois países, "Juntos
no Caminho da Esperança: já não somos Estrangeiros". Nela, os bispos mexicanos
e estadunidenses faziam um apelo aos governos para que detivessem o tráfico de seres
humanos por meio do qual se transporta homens, mulheres e crianças de todo o mundo
_ principalmente do México _ com o fim de forçá-los a trabalhar ou a prostituir-se.
A
Pastoral da Mobilidade Humana da Conferência Episcopal Mexicana considera que o tráfico
de pessoas é o terceiro "negócio" mais rentável para o crime organizado nas duas nações,
depois do narcotráfico e do tráfico de armas.
A campanha _ que está tocando
não somente as dioceses fronteiriças, mas sobretudo as que são grandes produtoras
de migrantes _ tem dois cartazes publicitários: em um se pede às pessoas que estejam
atentas, pois o tráfico existe e é um flagelo contra o qual é preciso lutar de maneira
conjunta e coordenada. O outro mostra que as pessoas têm valor e não preço.
Com
os meses do verão no hemisfério norte, aumenta o número de pessoas que morrem ao tentar
cruzar a fronteira, sobretudo pela crescente do Rio Bravo, que divide os dois países,
ou por efeitos do calor, sobretudo nas grandes regiões desérticas da Califórnia, Arizona,
Novo México e Texas. (MZ)