SANTA SÉ DEDICA ATENÇÃO ESPECIAL À SITUAÇÃO DOS CRISTÃOS IRAQUIANOS
Cidade do Vaticano, 26 jul (RV) - "Os cristãos do Iraque são as sementes da
terra da Mesopotâmia e não acredito que haja uma força capaz de desenraizar essas
sementes de uma terra ancestral" _ é o que afirma o embaixador iraquiano Junto à Santa
Sé, Albert Edward Ismail Yelda.
O embaixador aponta a perseguição aos cristãos
iraquianos _ seguida pela Santa Sé com especial preocupação _ referindo-se aos esforços
para a democratização do País do Golfo e às perspectivas futuras. Albert Yelda condena
todas as atrocidades realizadas contra os cristãos no Iraque, e contra outras minorias.
Quanto
à hipótese de um enclave com os cristãos da planície de Nínive, o diplomata afirma
que "não há planos para criar uma área separada para os cristãos, isso não é o que
a maioria dos cristãos no Iraque deseja. Os cristãos estão dispersos por todo o país.
Eles vivem lado a lado com os sunitas, árabes, curdos, assim como outras minorias
religiosas e grupos. Espero que possam continuar vivendo em paz juntos, preservando
os seus direitos constitucionais" _ disse ele.
O diplomata iraquiano fala também
dos resultados obtidos no processo de reconstrução, mas considera a segurança uma
questão importante e essencial. "Para um Iraque seguro, é preciso ter uma força de
confiança que assegure a proteção das fronteiras, que consiga prevenir a entrada de
terroristas no Iraque e a morte de civis inocentes."
Por essa razão, o embaixador
pede mais "meios à comunidade internacional, maiores esforços entre os países vizinhos",
confirmando "a necessidade de haver tropas multinacionais no país".
O embaixador
iraquiano junto à Santa Sé manifestou-se também quanto às relações com o Irã, com
quem, segundo ele, seria necessário "estabelecer uma ligação econômica que possa beneficiar
os dois países e as suas populações". (MJ)