2007-07-19 19:04:22

ARCEBISPO CHILENO DIZ QUE "MOTU PROPRIO NÃO É NOSTALGIA"


Concepción, 18 jul (RV) - O Arcebispo de Concepción, no Chile, Dom Ricardo Ezzati Andrello (salesiano), assinalou que a motivação de fundo do Motu Proprio Summorum Pontificum de Bento XVI, que liberaliza o Missal de 1962, aprovado pelo então papa João XXIII, não é uma "nostalgia de museu" de tipo arqueológico litúrgico, mas sim um autêntico zelo pastoral que busca a comunhão na Igreja.

Ao refletir sobre as motivações de fundo do documento pontifício, o arcebispo assinalou que esse Motu Proprio deve ser entendendido como "abertura da Igreja Católica a grupos mais tradicionalistas que se haviam separado dela", e destacou que "a grande finalidade do papa é a comunhão".

Do mesmo modo, Dom Ricardo pediu para esse documento não ser interpretado como a volta das missas em latim, porque isso seria ficar só no lingüístico. Nesse sentido esclareceu que a Eucaristia _ segundo o Missal de uso comum antes da reforma litúrgica _ é celebrada nessa língua, mas implica, além disso, uma estrutura distinta da contemplada no Missal aprovado por Paulo VI.

Dom Ricardo afirmou ainda que a missa em latim segundo o Missal de Pio V _ reformado por João XXIII em 1962 _ nunca foi juridicamente suspensa, e sempre esteve permitida depois do Concílio Vaticano II. Entretanto, até agora era necessária a autorização expressa do bispo para utilizá-lo em uma cerimônia.

Por último, o arcebispo chileno assinalou que Bento XVI, ao promulgar esse documento, insistiu que o retorno a usos tradicionais não implicava nenhuma negação às determinações do Concílio Vaticano II, nem a "uma de suas reformas essenciais, ou seja, a reforma litúrgica", e que o uso da língua vernácula na missa, em nosso caso o espanhol _ frisou ele _, seguia sendo "o normal", e o latim, "o extraordinário". (JD)







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