SUPERIOR GERAL DO PIME ESCLARECE NATUREZA DO SEQÜESTRO DE MISSIONÁRIO NAS FILIPINAS

Roma, 18 jul (RV) - "O caso do Pe. Giancarlo Bossi não tem nada a ver nem com questões de caráter político como a lei anti-terrorismo, recentemente aprovada nas Filipinas e criticada pelo episcopado filipino, nem com questões de caráter religioso como as reivindicações de grupos fundamentalistas islâmicos", foi o que disse na tarde de ontem à agência missionária MISNA, o superior geral do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME), Pe. Gian Battista Zanchi.

Pe. Bossi, missionário italiano do PIME nas Filipinas, foi seqüestrado no dia 10 de junho passado por um grupo armado ainda não identificado.

Ademais, Pe. Zanchi acrescenta: "Nem mesmo os recentes conflitos na ilha de Basilan entre o exército filipino e militantes do grupo Abu Sayyaf estão relacionados com o seqüestro do Pe Bossi. Nesse sentido, o próprio governo filipino descartou qualquer possível ligação, após hipótese lançada por alguns órgãos de informação".

Em síntese, acrescenta o superior geral do PIME, "ainda não sabemos onde ele se encontra, nem quem o seqüestrou e por qual motivo. Sabemos que as buscas continuam e que os dois governos interessados, o filipino e o italiano, estão fazendo todo o possível para conseguir sua libertação, mas além dos fatos que chegaram até nós, não há prova de que ele esteja bem. Nem mesmo se os medicamentos que recentemente nos foram pedidos chegaram a seu destino", precisa ainda o Pe. Zanchi, acrescentando: "Continuamos a esperar que seja libertado o quanto antes, e sabemos que as pessoas responsáveis pelas buscas têm os seus canais de contato e estão fazendo todo o possível para resolver positivamente este caso".

Por outro lado, continua o superior geral do PIME, o Instituto não pode responder ao pedido de resgate e menos ainda prestar-se a instrumentalizações de tipo político: "Não resta outra alternativa a não ser esperar com confiança _ conclui _ que os responsáveis façam o seu trabalho e nos devolvam o quanto antes o Pe. Bossi". (MZ)