Pequim, 18 jul (RV) - Desde quando, no dia 1º de janeiro de 2003, o prepósito-geral
dos Jesuítas, Pe. Peter-Hans Kolvenbach, assinalou numa carta que a China era uma
das cinco prioridades apostólicas da Companhia de Jesus _ e considerou essa preferência
como "conatural ao serviço que a Companhia como um todo deseja oferecer" _ tem-se
progredido no conhecimento e aproximação a esse país.
Nesse sentido, no mesmo
dia em que o papa Bento XVI tornava pública sua carta aos católicos da China, quase
30 provinciais jesuítas de língua espanhola chegavam ao Gigante Asiático com a finalidade
de conhecê-lo melhor e poder aproximar-se mais dele.
De 2 a 8 do corrente,
provinciais da Companhia de Jesus na Espanha, Itália, Portugal e América Latina, visitaram
a China e participaram de um seminário sobre o país do Extremo Oriente. Eles percorreram
alguns lugares simbólicos de Pequim antigo, O templo budista tibetano e o Colégio
de Confúcio, bem como os lugares jesuítas (antigo observatório e cemitério de Zhalan).
Visitaram também o Seminário nacional da China onde participaram de um debate com
o reitor do mesmo, Pe. John Chen, e ali celebraram uma Eucaristia.
A vinculação
da Companhia de Jesus com a China remonta a seus inícios, quando um dos co-fundadores,
São Francisco Xavier, morreu, 450 anos atrás, na Ilha de Sancián, situada à frente
da costa da China, sem poder cumprir o sonho de evangelizar esse vasto território,
como havia feito anteriormente com outras regiões do sudeste asiático.
Durante
estes quatro séculos, um bom número de missionários da Companhia de Jesus seguiu o
mesmo caminho de São Francisco Xavier.
As atuais atividades jesuíticas na China
compreendem o trabalho dentro da Igreja, a formação universitária, o diálogo intercultural
e o cuidado com os mais desprotegidos e necessitados.
Outro trabalho muito
importante dos jesuítas no país se dá através do Instituto Ricci (nome do jesuíta
italiano Mateo Ricci - 1552-1610 _ que levou para a China a ciência e a técnica da
Europa, e para o Ocidente trouxe a civilização e as riquezas culturais do povo chinês).
O Instituto Ricci, na atualidade, analisa a recepção do cristianismo no país e estuda
a complexa história das missões católicas na China. (MZ)