2007-07-17 20:48:36

SANTA SÉ EXIGE ANÁLISE DAS CAUSAS DA CRESCENTE DESIGUALDADE ENTRE OS PAÍSES


Genebra, 17 jul (RV) - A Santa Sé solicitou que sejam analisadas as causas que, na era da globalização, continuam a provocar a crescente desigualdade entre países ricos e pobres.

O pedido foi feito pelo observador permanente da Santa Sé junto aos organismos das Nações Unidas em Genebra, Suíça, Arcebispo Silvano Tomasi, falando perante a reunião do Conselho Econômico Social da ONU (ECOSOC), realizada de 2 a 6 de julho.

O representante da Santa Sé começou recordando que, "ao invés de diminuir, o número de pobres que vivem com menos de dois dólares por dia aumentou, chegando a um bilhão e 370 milhões de pessoas, e se calcula que 854 milhões de pessoas no mundo, sofrem de desnutrição".

"Em várias regiões da África e da Ásia, a expectativa de vida é quase a metade da existente nos países ricos, e o índice de analfabetismo alcança níveis muito elevados", _ denunciou Dom Tomasi.

Nesse contexto, defendeu a união dos países pobres e ricos, na análise das "razões profundas, que levam os países em desenvolvimento a encontrar tantas dificuldades para superar os motivos" que os impedem de viver uma vida digna.

Isso significa _ esclareceu _ que "a eliminação da pobreza exige uma integração entre os mecanismos que produzem bem-estar e os mecanismos para a distribuição de seus benefícios, no âmbito internacional, regional e nacional".

Segundo o prelado, "uma atitude no crescimento econômico baseada na liberalização absoluta demonstrou ser insustentável social e economicamente, em longo prazo".

Ao mesmo tempo _reconheceu o arcebispo _ o sistema de ajudas ao desenvolvimento deve ser analisado novamente.

A remissão da dívida externa _ constatou o representante da Santa Sé na ONU, em Genebra _ não deu os resultados esperados, de "um maior acesso à educação, à saúde e aos serviços sociais". Por isso "o ponto importante é saber "como" oferecer uma ajuda adicional e não apenas se essa ajuda adicional é necessária ou não".

Dom Tomasi insistiu também, na necessidade de promover a educação e a saúde, não somente por parte dos governos, mas também de grupos que baseiam sua ação de ajuda em convicções religiosas. (JD)







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