PORTUGAL: INICIATIVAS PRÓ-VIDA SE CONTRAPÕEM À LEI DO ABORTO
Lisboa, 17 jul (RV) - Entrou em vigor nesta segunda-feira, em Portugal, a lei
do aborto. Tal lei não diminuiu a convicção de várias pessoas que, neste fim de semana,
se envolveram em iniciativas pró-vida. De norte a sul do país, próximo a hospitais
tiveram lugar ações de esclarecimento a quem se dirigia às unidades de saúde.
Uma
vez que as informações dadas às mulheres não estão previstas na lei, "entendemos ser
nosso dever continuar informando as mulheres, defendo as mesmas como também seus filhos,
e promovendo as alternativas"_ disse Catarina Almeida, mandatária do grupo cívico
"Diz não".
Catarina Almeida sublinhou ainda que o Estado não "coloca
à disposição das mulheres as alternativas que existem por todo o país para que elas
possam levar avante sua gravidez".
Por todo o país são feitas ações "simbólicas
com o objetivo de evidenciar que a defesa das mulheres e dos seus filhos não está
assegurada com a regulamentação da lei, pois não corresponde ao que foi prometido
durante a campanha do referendo", assegura Catarina Almeida, relembrando argumentos
dos movimentos pelo "Sim" que faziam referência à lei alemã sobre o tema, frisando
"que a nossa é uma das mais permissivas da Europa. É preciso que isto continue sendo
dito"_ sublinhou ela.
Várias pessoas marcaram presença nos estabelecimentos
de saúde. Em Lisboa, o Hospital Santa Maria e a Maternidade Alfredo da Costa foram
locais de ações de sensibilização. Em Porto, essa iniciativa se realizou no Hospital
de São João. Mas fora dos centros urbanos também houve mobilização para a apresentação
de alternativas.
Em Almada, em Braga, também em Bragança, em Portalegre e no
Algarve, tanto no sábado quanto no domingo, os hospitais dessas localidades receberam
iniciativas equivalentes. (MJ)