Cochabamba, 16 jul (RV) - O arcebispo de Cochabamba, na Bolívia, Dom Tito Solari,
afirmou que a nova Constituição que a Assembléia Constituinte está elaborando deve
garantir os direitos à liberdade de consciência, religião e culto, os quais já são
"reconhecidos na cultura universal"; bem como os valores fundamentais da vida, da
família e da educação.
O Prelado recordou que a Igreja "defende o respeito
à vida desde a concepção até a morte natural", pois é um dom de Deus. Do mesmo modo,
acrescentou que a família _ célula da sociedade _ "tem que ser cuidada e protegida
pelo Estado acima de outras instituições".
"A família que Deus criou é formada
por um homem e uma mulher. E essa é também a família que pertence às culturas originárias.
Não outro tipo de família", reafirmou o arcebispo de Cochabamba em artigo publicado
no semanário Mensageiro Digital, órgão informativo da arquidiocese.
No
texto, Dom Solari também se referiu ao aspecto educacional ao recordar que "a escola
é um bem público" e que são os pais quem decidem o tipo de educação que querem para
os filhos. Além disso, assinalou, "uma educação integral inclui necessariamente a
referência ao transcendente, ao religioso".
"Também os bispos consideram que
deveria ser reconhecida a natureza da Igreja como pessoa coletiva de direito público.
Toda sua missão é servir à comunidade, com opção preferencial pelos pobres, pelos
pequeninos e marginalizados", afirmou.
Dom Solari destacou que esses "são pontos
fundamentais porque o cristão que vive o Evangelho encarnou esses princípios e valores.
Não pode alguém dizer-se cristão se não assumir esses pontos como parte de sua identidade".
(JD)