2007-07-13 14:51:06

DOM MARCHETTO: CLANDESTINIDADE NÃO SIGNIFICA CRIMINALIDADE


Bruxelas, 12 jul (RV) - Os imigrantes contribuem para o bem-estar do país que os acolhem e devem ter garantida a sua liberdade: foi o que destacou o secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, o Arcebispo Agostino Marchetto, em seu pronunciamento feito nesta terça-feira em Bruxelas, no Fórum global sobre Migração e desenvolvimento, do qual participou também o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

"Clandestinidade não significa criminalidade", acrescentou o Arcebispo Marchetto, reiterando o apelo pontifício pela ratificação da Convenção Internacional sobre os Direitos dos Migrantes.

Sobre os resultados desse importante Fórum europeu, o representante da Santa Sé foi ouvido pela Rádio Vaticano. Eis o que ele nos disse:

Dom Agostino Marchetto:- "Creio que, como resultado, já se pode dizer que se está afirmando uma visão que até dois-três anos atrás parecia impossível: a ligação que existe entre migração e desenvolvimento. A segunda coisa é a grande presença nesse encontro _ são mais de 115 países _ e também isso significa um interesse da comunidade internacional pelo fenômeno migratório, em todos os seus aspectos."

P. Dom Marchetto, a seu ver desenvolvimento, lucro e dignidade humana são conciliáveis na migração?

Dom Agostino Marchetto:- "Essa é a grande questão e esse é também o ponto que eu coloquei no breve discurso que fiz: os seres humanos não são primariamente e unicamente um fator econômico, mas pessoas humanas, dotadas de uma inata dignidade e de iguais e inalienáveis direitos. Portanto, ao mesmo tempo, nem mesmo o desenvolvimento pode se dizer autêntico se esse for obtido em detrimento do povo comum. Para ser autêntico, o desenvolvimento deve ser de toda pessoa e da pessoa toda: essa é a visão da Doutrina Social da Igreja, a visão da integralidade." (RL)







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