2007-07-04 20:08:14

REPRESENTANTE VATICANO SOLICITA AO ACNUR QUE AUMENTE O NÍVEL DE SEGURANÇA DOS REFUGIADOS QUE PEDEM EXÍLIO


Genebra, 03 jul (RV) - O Alto Comissariado das ONU para Refugiados (ACNUR) proponha às NN.UU., maior coordenação das políticas relacionadas aos fluxos migratórios, para conter o drama dos milhares de pessoas que morrem na tentativa de reconstruir uma vida longe das tragédias de seus países, em particular os refugiados do Oriente Médio. Foi a solicitação feita pelo Observador Permanente da Santa Sé no escritório da ONU em Genebra, Suíça, o Arcebispo Silvano Maria Tomasi, em seu pronunciamento dias atrás durante a reunião do Comitê executivo do ACNUR.

No drama mundial que concerne à realidade diária de imigrados em nações consideradas um meio para se construir um futuro, do contrário impossível nos países de proveniência, há um aspecto corrente e trágico que passa em segundo plano: o da morte que muitos refugiados encontram na tentativa de refazer a vida.

As questões jurídicas e a regulação dos fluxos de quem pede asilo têm precedência sobre a sorte de quem não conseguiu atravessar aquele trecho de deserto ou aquele braço de mar que significava a salvação. O representante vaticano se deteve sobre esse específico problema, e sobre possíveis soluções que o ACNUR poderia propor.

Os refugiados estimados pelo ACNUR _ recordou o prelado _ são atualmente 32 milhões, mas o fenômeno está em "crescimento" e "há diversos anos" é acompanhado de outro fenômeno _ observou o Arcebispo: o "dos terríveis incidentes mortais ocorridos na tentativa de alcançar um porto seguro por parte de milhares de pessoas obrigadas por circunstâncias desesperadoras a buscar uma saída fugindo do próprio país.

Tal fenômeno _ acrescentou Dom Tomasi _ "não é somente regional. É persistente no Mediterrâneo para as pessoas que tentam passar da África para a Europa: no Atlântico para quem atravessa a África ocidental rumo às Ilhas Canárias.

Outras pessoas perdem a vida, saindo do leste da África rumo à península árabe; ou das ilhas caribenhas rumo ao continente americano; do México, atravessando o deserto, para chegar aos EUA; e em algumas regiões da Ásia.

Dom Tomasi convidou o Comitê executivo do ACNUR a verificar se existe "um vazio normativo" para a proteção dessas vítimas que _ disse _ "encontram a morte na tentativa de fugir de outras formas certas de morte física ou psicológica". (RL)







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