2007-07-04 18:54:07

CARDEAL TAURAN FALA SOBRE A POLÍTICA DA SANTA SÉ NAS RELAÇÕES ENTRE ISRAEL E O VATICANO


Cidade do Vaticano, 02 jul (RV) - O novo presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran, participou do encontro organizado em Roma, por ocasião da publicação de "Aspenia 37", revista do Instituto Aspen Itália. O objetivo do encontro foi refletir sobre a situação em que vive o Estado de Israel. A revista analisa as relações políticas entre Israel e a Europa, e o risco que representa para o Estado judaico, a ascensão do fundamentalismo islâmico.

O pronunciamento do Cardeal Tauran introduziu o discurso sobre as relações entre Israel e o Vaticano, analisando em quatro pontos a política da Santa Sé.

Sendo uma potência de caráter moral e religioso, a Santa Sé baseia-se em princípios, e esses princípios obviamente são sempre os mesmos, disse o purpurado citando-os.

O primeiro é que os papas quiseram sempre permanecer acima das partes como última instância para todas as partes do conflito. Segundo: a Santa Sé como sujeito de Direito Internacional de caráter religioso, jamais quis propor soluções técnicas, mas procurou, sobretudo, facilitá-las. Terceiro: a Santa Sé reconhece os legítimos direitos tanto dos israelenses quanto dos palestinos a terem um Estado. Isso porque, para a Santa Sé, se trata de um problema de justiça internacional.

Quarto e último princípio: a Santa Sé não esquece a presença de comunidades cristãs tanto em Israel quanto na Palestina e, portanto, sempre defendeu os direitos das mesmas, em particular o direito à liberdade de consciência e de religião.

Passando da política à fé, o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso recordou que Jerusalém é um lugar simbólico, no qual convivem dois problemas: um, de caráter político-territorial, de saber se Jerusalém deve ser a capital de um Estado ou de dois Estados; e um, de caráter espiritual, que diz respeito ao status dos lugares santos das três religiões: Cristianismo, Judaísmo e Islamismo.

A presença de lugares santos para as três religiões dá à cidade de Jerusalém um caráter sagrado e unido e devemos preservar, no futuro, essa sacralidade e o caráter único da cidade deveria ser objeto de um status especial internacionalmente garantido, ponderou o purpurado. (RL)







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