(3/7/2007) O primeiro de Julho foi dia de ordenações em várias dioceses portuguesas,
num total de onze novos padres para a Igreja em Portugal. O Mosteiro dos Jerónimos,
em Lisboa, assistiu à ordenação de sete presbíteros e quatros diáconos permanentes.
D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, referiu que “o chamamento é, também,
o desafio a uma nova experiência de liberdade, que se há-de exprimir, não no fazer
o que apetece, mas na ousadia da vida nova em Cristo ressuscitado”. Por isso afirmou
que “os ministros ordenados têm de ser, na sua própria vida, o anúncio do mundo novo.
Se é legítimo e necessário vivermos ao ritmo do tempo, temos de vencer o espírito
do mundo”. O Cardeal-Patriarca afirmou que na Igreja, Deus pode chamar através
de sinais, “circunstâncias concretas que podem fazer sentir ao cristão a urgência
do serviço; a interpelação da vida de pessoas chamadas, totalmente entregues ao Reino
de Deus; acontecimentos da vida pessoal, que rasgam no coração a abertura para o absoluto”.
Por esta razão a “pastoral das vocações quer ser um caminho não para convencer,
mas sim para ajudar os cristãos a serem sensíveis aos sinais de um chamamento divino,
fazendo o seu discernimento à luz da fé e da palavra da Igreja”. Em Vila Real,
D. Joaquim Gonçalves relembrou que “há precisamente 20 anos entrava na catedral para
iniciar o meu ministério de Bispo da diocese”. Na Missa das Ordenações presbiterais
de três diáconos e da instituição no ministério de acolitado de três jovens, o Bispo
de Vila Real deu conta dos três pilares onde os agora presbíteros se devem apoiar.
“A vossa família como raiz remota da vossa vocação, pois embora o sacerdócio não
seja fruto do sangue, a sensibilidade primeira e a inclinação original começam geralmente
aí; o outro pilar são os vossos colegas padres, uma vez que fazeis parte de uma Ordem,
a Ordem dos presbíteros e esse pilar é lembrado pela imposição das mãos, não havendo
padres por sua conta; o terceiro pilar é a intimidade com Jesus Cristo: pode saber-se
teologia sem ter amizade, podem fazer-se coisas religiosas sem amor", indicou. Também
a diocese de Portalegre-Castelo Branco recebeu um novo presbítero, facto que não acontecia
há dois anos naquela diocese.