2007-07-01 18:53:25

RELATIVISMO MORAL E INDIFERENÇA RELIGIOSA: DESAFIOS À IGREJA EM PORTO RICO


Cidade do Vaticano, 30 jun (RV) - Preservar e aumentar o dom da unidade na Igreja, para afrontar as transformações sociais, culturais e religiosas pelas quais está passando Porto Rico: foi o premente convite de Bento XVI aos prelados do país caribenho associado aos EUA, em visita "ad Limina", recebidos esta manhã, no Vaticano.

Os bispos de Porto Rico expressaram ao papa "preocupação pelos desafios e as dificuldades" a serem afrontadas neste momento histórico. E Bento XVI compartilhou das inquietações dos prelados pelas transformações que ocorrem em seu país, no âmbito social, econômico e também religioso, que favorecem a indiferença religiosa e o relativismo moral, atingindo as estruturas da própria sociedade.

Daí, a recomendação "a proclamar, com vigor, a fé católica, para uma melhor formação dos fiéis", preservando e fazendo crescer "o dom da unidade" na Igreja, para testemunhar "uma autêntica espiritualidade de comunhão", que se manifesta "na mútua colaboração e na vida fraterna".

O Santo Padre pediu aos prelados porto-riquenhos que dediquem particular atenção pastoral aos sacerdotes, bem como aos candidatos ao sacerdócio, a fim de que tenham idôneos educadores.

Entre os sinais negativos emergentes na sociedade porto-riquenha, o pontífice evidenciou que se vai difundindo "uma mentalidade inspirada num laicismo que, de modo mais ou menos consciente, leva, gradativamente, ao desprezo ou à ignorância do sagrado, relegando a fé à esfera do meramente privado". Nesse clima _ observou o papa _ "um justo conceito de liberdade religiosa não é compatível com tal ideologia que, ao invés, se apresenta como a única voz da racionalidade".

A seguir, o Santo Padre apontou os riscos a que a família, de modo particular, está exposta, "assediada pelas muitas insídias do mundo moderno, como o materialismo imperante, a busca do prazer imediato, a falta de estabilidade e fidelidade do casal, influenciado continuamente pelos meios de comunicação".

"Quando um matrimônio não é construído sobre a rocha do amor verdadeiro e do mútuo compromisso, é facilmente arrastado pela corrente divorcista, desviando, ao mesmo tempo, o valor da vida, sobretudo dos nascituros. Daí, a necessidade _ indicada pelo papa _ de intensificar uma pastoral familiar incisiva, que ajude os esposos cristãos a assumir os valores fundamentais do sacramento recebido."

O papa dirigiu um pensamento especial aos jovens, que, pelo fato de serem mais influenciados por uma "fácil permissividade moral" têm, ao invés, o direito "de ser educados na fé e nos bons costumes".

E se "a educação integral dos mais jovens não pode prescindir do ensino religioso na escola" _ observou Bento XVI _ "uma sólida formação religiosa será, portanto, uma proteção eficaz, contra o avanço das seitas e de outros grupos religiosos de ampla difusão atual".

Por fim, o Santo Padre fez votos de que a generosidade já manifestada pelos porto-riquenhos em tantas ocasiões possa fazer crescer a solidariedade de quem vive na abundância, para com quem sofre de graves carências, e vive na pobreza. (RL)








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