2007-07-01 20:16:27

BOLÍVIA: IGREJA PEDE QUE CONSTITUINTE PRESERVE VALORES, LIBERDADE DE EDUCAÇÃO E MATRIMÔNIO


La Paz, 1º jul (RV) – A Igreja Católica na Bolívia pediu ontem, à Assembléia Constituinte, que reconheça os valores religiosos do povo, seu direito de eleger a educação que deseja para seus filhos e a liberdade de culto, e que defenda a instituição matrimonial, entre outras coisas.

O Episcopado boliviano, reunidos em Santa Cruz de La Sierra, sob a presidência do cardeal-arcebispo local, Júlio Terrazas Sandoval, pleiteou dez pontos perante os membros da Constituinte, argumentando que "tais pontos não defendem nenhum privilégio para a Igreja", mas são "valores básicos com os quais a Igreja desempenha sua missão de promoção humana".

O secretário-geral da Conferência Episcopal Colombiana, Dom Jesús Juárez Párraga, bispo de El Alto, e o arcebispo de Cochabamba, Dom Tito Solari, explicaram, numa coletiva de imprensa, que entre as propostas do Episcopado, está o reconhecimento do caráter religioso do país que, segundo as estatísticas, é majoritariamente católico.

Os bispos bolivianos pleitearam que o trabalho da Igreja seja destacado no preâmbulo da nova Magna Carta e que, em sua parte dogmática, a Carta Constitucional estabeleça que o Estado reconheça a liberdade de cultos.

Além disso, pedem que a Constituição reconheça a "legitimidade" do ensino religioso como parte da educação integral das pessoas, e a liberdade dos pais, de escolherem as escolas de seus filhos, entre as estatais, as particulares e as que mantêm convênio com a Igreja.

Pedem ainda, que a Magna Carta, além de reconhecer à Igreja, o caráter de "pessoa de direito público", para fins do Direito Internacional, pelo fato de ser parte do Vaticano, defenda também o matrimônio, a família, a maternidade e o direito à vida.

O Cardeal Terrazas Sandoval disse que a Igreja reconhece ampla liberdade aos constituintes, na elaboração das leis, mas pediu que não se esqueçam a "necessidade de unir fé e vida". Ele convocou, para o dia 27 de julho, um "Dia de Oração" em todo o país, para que a Constituição possa expressar a vontade de todos e beneficiar a todos e não apenas um setor da população. (AF)








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