Santa Sé pede que sejam banidas as bombas de fragmentação.
(29/6/2007) A Santa Sé instou a comunidade internacional a adoptar medidas que sirvam
para acabar de uma vez por todas com os estragos causados pelas bombas de fragmentação.
Porta-voz desta posição foi o Arcebispo Silvano M. Tomasi, observador permanente
da Santa Sé junto das Nações Unidas em Genebra. Este responsável apresentou uma proposta
ao Grupo de especialistas governamentais dos Estados que fazem parte da Convenção
sobre a proibição ou limitação do uso de certas armas convencionais que podem produzir
efeitos traumáticos excessivos ou que atacam sem discriminação. A Santa Sé apelou
aos Estados, às organizações internacionais e à sociedade civil para "unir os esforços
e adoptar uma atitude exigente e ambiciosa que permita resolver os problemas das armas
de fragmentação de uma vez por todas". "É compreensível, se não se puder encontrar
uma solução imediata, que se pense num período de transição para alcançar o objectivo
de uma proibição total", reconheceu. De qualquer forma, acrescentou, que neste
período de transição, deverão aplicar-se regras sobre a proibição total de algumas
armas que têm particulares efeitos indiscriminados e só em caso de defesa para "a
protecção exclusiva do território nacional". As bombas de fragmentação contêm
um dispositivo que, ao abrir-se, liberta um grande número de pequenas bombas, que
permanecem nos locais atingidos durante anos, podendo explodir a qualquer momento.