(29/6/2007) Um pouco depois do meio-dia, já da janela dos seus aposentos sobre a
Praça de São Pedro, antes da recitação do Angelus – neste dia feriado em Roma – Bento
XVI evocou uma vez mais a solenidade de São Pedro e São Paulo, “Patronos de Roma e
colunas da Igreja universal”.
A festa dos Apóstolos Pedro e Paulo
convida-nos, de um modo muito particular, a rezar intensamente e a agir convictamente
pela causa da unidade de todos os discípulos de Cristo. O Oriente e o Ocidente cristãos
estão muito próximos entre si, e podem já contar com uma comunhão quase plena, como
recorda o Concílio Vaticano II, farol que guia os passos do caminho ecuménico. Os
nossos encontros, as visitas recíprocas, os diálogos em curso, não são meros gestos
de cortesia, ou tentativas para chegar a compromissos, mas sim o sinal de uma vontade
comum de fazer o possível para que quanto antes possamos chegar àquela plena comunhão
implorada por Cristo na sua oração ao Pai, depois da Última Ceia: ut unum sint. É
entre estas iniciativas – observou o Papa – que se coloca também o Ano Paulino,
por ele próprio anunciado ontem à tarde, na basílica de São Paulo fora de Muros, precisamente
junto do túmulo do Apóstolo Paulo.
Faço votos que as várias manifestações
que virão a ser organizadas contribuam para renovar o nosso entusiasmo missionário
e a tornar mais intensas as relações com os nossos irmãos do Oriente e com os outros
cristãos que, como nós, veneram o Apóstolo dos gentios.
Nas saudações depois
da recitação do Angelus, Bento XVI anunciou que se vai deslocar em visita pastoral
a Nápoles, no domingo 21 de Outubro, correspondendo ao convite do arcebispo local,
o cardeal Crescenzo Sepe. “Saúdo hoje com afecto a querida comunidade napolitana.
Convido-a a preparar este encontro, com a oração e a caridade activa” – afirmou o
Papa.