2007-06-28 18:57:21

SACERDOTE UGANDÊS FAZ APELO À COMUNIDADE INTERNACIONAL, PARA QUE AJUDE A POPULAÇÃO DE KARAMOYA


Kampala, 28 jun (RV) - "O mundo não recebe notícias de nossa desgraça, porque carecemos de meios para sermos ouvidos" _ disse Pe. Thomas Achia, diretor do Centro de Serviços Sociais e Ajuda ao Desenvolvimento, da Diocese de Moroto, Uganda, em entrevista com a fundação católica internacional "Ajuda à Igreja que Sofre" (AIS).

"A pobreza em Uganda e, principalmente, na região de Karamoya, noroeste do país, é inimaginável. As pessoas têm sorte se conseguem comer uma vez por dia. Esta região é a mais pobre e desatendida do país" _ ressaltou o sacerdote.

Além disso, o índice de violência que assola a região é muito alto e, como conseqüência da guerra civil, ainda há muito movimento de armas. O governo procura desarmar os criminosos, provocando ainda mais violência, raiva e frustração entre a população.

"A falta de higiene _ sublinhou Pe. Thomas _ é outro grande problema na região." No melhor dos casos, há um só vaso sanitário para três mil pessoas. Existem poucos serviços de assistência médica, e poucos meios de transporte para levar as pessoas ao hospital.

Muitas pessoas morrem por causa de doenças como malária e cólera, e muitas mulheres morrem ao dar a luz, devido à escassez de higiene. A taxa de mortalidade infantil é muito alta.

Pe. Thomas fez um apelo à comunidade internacional, para que não se esqueça dos habitantes da região de Karamoya, que não dispõem de meios para se fazer ouvir.

"Uma vez, tivemos a oportunidade de falar sobre nossa situação, numa emissora de rádio, que nos cobrou 350 euros, o que, para nós, é uma cifra astronômica"_ ressaltou ainda, Pe. Thomas.

"Estamos muito felizes por podermos dar a conhecer nossa trágica situação à opinião pública" _ concluiu. (MJ)







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