Bento XVI vai entregar o Pálio a 51 Arcebispos de todo o mundo.
(27/6/2007) A Igreja Católica celebra sexta-feira a Solenidade litúrgica de São Pedro
e São Paulo, que Bento XVI descreveu, pouco depois do início do seu pontificado, como
a festa da “unidade e catolicidade da Igreja”. A cerimónia, no Vaticano, terá lugar
na Basílica de São Pedro e é marcada pela imposição do Pálio a 51 Arcebispo Metropolitas
de todo o mundo. O Metropolita preside a uma província eclesiástica constituída
por diversas dioceses. Este sistema administrativo veio da divisão civil do Império
Romano, depois da paz de Constantino (313). Em Portugal, desde o princípio da Nacionalidade,
há três províncias eclesiásticas: Braga, Lisboa e Évora. A imposição do Pálio
tem lugar no altar da confissão da Basílica de São Pedro. O Pálio, (faixa de lã branca
com seis cruzes pretas de seda), é uma insígnia litúrgica de “honra e jurisdição”
que é abençoada pelos Papas nesta solenidade. Para além do próprio Papa, os Pálios
são também envergados pelos Arcebispos Metropolitas nas suas Igrejas e nas da sua
Província eclesiástica. Esta insígnia é feita com a lã de dois cordeiros brancos
benzidos pelo Papa na memória litúrgica de Santa Inês, a 21 de Janeiro Santa Inês,
cujo nome latino (Agnes) se associa à palavra em Latim para cordeiro (agnus), está
enterrada na basílica a ela dedicada, na Rua Nomentana em Roma, e é para lá que são
levados os cordeiros após a bênção papal. Como resultado de estudos históricos
e artísticos, o Pálio que Bento XVI enverga, actualmente, é significativamente diferente
do dos Arcebispos.