DEFENSORES DA LEI ANTIVIDA TENTAM INTIMIDAR CARDEAL AUSTRALIANO
Sydney, 21 jun (RV) - O partido verde australiano obteve aprovação para um
possível interrogatório dos parlamentares ao cardeal-arcebispo de Sydney, George Pell,
por ter-se oposto à macabra lei que permitirá a criação de embriões híbridos "humanos
e de animais" e a extração de óvulos dos fetos de meninas, abortados. Enquanto diferentes
setores da sociedade viram nessa manobra um ataque à liberdade de expressão, o purpurado
reafirmou sua posição de defesa da vida.
O líder dos parlamentares verdes e
promotor da moção para o interrogatório do cardeal, Lee Rhiannon, disse que o "Cardeal
Pell não mostrou arrependimento por seus comentários".
Esse interrogatório
ao qual seria submetido o Cardeal Pell poderia trazer como conseqüência uma condenação
de até 25 anos de reclusão. A moção foi condenada pelo Conselho das Liberdades Civis
_ freqüentemente aliado do partido verde _ e qualificada de "absurda".
"O Cardeal
George Pell tem direito à liberdade de expressão e também de se envolver no debate
político" _ afirmou o presidente do Conselho, Cameron Murphy.
O primeiro-ministro,
Morris Iemma, e o líder da oposição, Barry O'Farrell, também condenaram a moção de
interrogar o purpurado australiano. (MZ)