Drama dos cristãos iraquianos discutida no Vaticano
(20/6/2007) A situação dramática dos cristãos iraquianos está a ser debatida na reunião
das Obras para a Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO) celebrada no Vaticano entre 19
e 20 de Junho. Os cristãos são alvo dos sunitas e dos xiitas, vítimas de atentados,
de sequestros, de pressão para que abandonem os seus lares e da cobrança ilegal do
tradicional imposto que os governantes muçulmanos arrecadavam aos seus súbditos não-muçulmanos.
A última solução avançada - juntar os cristãos sírios e caldeus num enclave étnico-religioso
em Nínive, local onde teriam mais segurança - não encontra apoio nas comunidades.
A Igreja nunca foi nacionalista ou étnica, fechada num gueto como o que agora se quer
criar. O secretário-geral da ROACO, Leon Lemmens, repetiu à Rádio Vaticano o apelo
lançado pelo Patriarca Emanuel Delly III, pedindo a atenção do mundo para "a perseguição
dos cristãos no Iraque". O Patriarca caldeu está presente neste encontro, juntamente
com o representante do Papa no Iraque, o Núncio Francis Assisi Chullikat. O objectivo
da ROACO é apoiar economicamente as comunidades católicas de rito oriental, assim
como de alguns países do Norte da África, do Médio Oriente e da Ásia, tais como Irão,
Iraque ou Afeganistão, coordenados pela Congregação vaticana para as Igrejas Orientais,
cujo prefeito é o Cardeal Ignace Moussa I Daud.