ARQUEOLOGIA: O SANTO GRAAL PODERIA ESTAR NA BASÍLICA ROMANA DE SÃO LOURENÇO
Roma, 19 jun (RV) – No ano 258 d.C, durante a perseguição de Valeriano, os
tesouros eclesiais _ entre os quais um "cálice sagrado" _ foram entregues, pelo papa
Sixto V, ao diácono Lourenço, que morreu quatro dias depois.
Esse "cálice sagrado"
chamado pela tradição medieval de "Santo Graal", se perdeu e, até hoje, nada se sabe
de seu paradeiro. Existem numerosas lendas em torno da sua real ou fictícia existência,
e cada uma delas atribui a sua localização a diversos lugares em todo o mundo, sobretudo
nos países anglo-saxões.
Pesquisas realizadas pelo arqueólogo Alfredo M. Barbagallo,
presidente da associação Arte e Mistério, dão conta que o Santo Graal jamais teria
saído de Roma e se encontraria na Basílica de São Lourenço "fora dos muros".
Uma
longa pesquisa sobre a iconografia medieval avaliza a hipóstese do estudioso. Esses
ícones, que representam o "cálice sagrado" e que se encontram no interior da basílica,
indicam as adjacentes catacumbas de Santa Ciríaca, localizadas nos subterrâneos da
igreja e fechadas há anos, dentro das quais estaria conservado precisamente o "Santo
Graal".
Escritos do frade capuchinho Fr. Giuseppe Da Bra, de 1938, falam da
preseça do "cálice sagrado" no subterrâneo da basílica. O "Santo Graal", segundo a
lenda, seria o cálice que teria sido usado por Jesus, na Última Ceia, com os apóstolos
e no qual José de Arimatéia teria recolhido o sangue de Cristo, quando ele, já na
cruz, foi traspassado pela lança do centurião.
Agora, as autoridades italianas
deverão dispor a abertura das catacumbas sob a Basílica de São Lourenco "fora dos
muros", a fim de que os objetos e esqueletos nela contidos possam ser analisados pelos
estudiosos, e se possa confirmar ou negar _ uma vez mais _ a teoria do arqueólogo.
Na verdade, teorias como a sua não são novas e, como dissemos antes, foram
várias as ocasiões em que alguém, em alguma parte do mundo, afirmou ter encontrado
o "cálice sagrado ou Santo Graal", do qual Jesus teria bebido, na Última Ceia. Todavia,
até hoje, tudo não passou de mera lenda. (AF)