O PESAR DO PAPA PELO FALECIMENTO DO CARDEAL ITALIANO ANGELO FELICI
Cidade do Vaticano, 18 jun (RV) - Um sentimento de "afetuoso pesar" ao recordar
"a fervorosa obra prestada à Santa Sé e o claro testemunho como diligente colaborador
de meus venerados predecessores": esse é apenas um trecho do longo telegrama com o
qual Bento XVI descreve a figura e a obra do Cardeal Angelo Felici, falecido ontem,
aos 87 anos de idade.
O papa presidirá, amanhã, às exéquias pata p Cardeal
Felici, no altar da Cátedra, da Basílica de São Pedro.
Com o falecimento do
Cardeal Felici, o Colégio Cardinalício fica agora composto por 183 purpurados, dos
quais 105 eleitores e 78 não eleitores, num eventual Conclave.
Quando o jovem
Angelo Felici se tornou sacerdote, não tinha ainda 23 anos e, para receber o sacramento
da Ordem, foi necessária a dispensa de idade concedida pelo papa Pio XII. Quando entrou
para a Secretaria de Estado tinha apenas 26 anos.
O jovem sacerdote Felici
passou a fazer parte da Secção da Secretaria de Estado _ que hoje é a Secção para
as Relações com os Estados _ por vontade do então Secretário de Estado, Dom Angelo
Tardini. Após 19 anos de delicado trabalho, recebeu sua primeira importante missão
diplomática numa das regiões mais "turbulentas" do Planeta _ o Oriente Médio. Paulo
VI o enviou a Jerusalém em 1967, logo após a "Guerra dos seis dias".
Recebeu
a nomeação a Arcebispo no mesmo ano _ 1967 _ junto com o cargo de pró-núncio na Holanda.
Passou, depois, pelas Nunciaturas de Lisboa e Paris. Na França, o Cardeal Felici acolheu
João Paulo II, por ocasião de suas três visitas pastorais.
O próprio papa Wojtyla
o criou cardeal, no consistório de 28 de junho de 1988, e três dias mais tarde, o
nomeou como prefeito da Congregação das Causas dos Santos, encargo que manteve até
junho de 1995. Seis meses mais tarde, o papa o nomeou presidente da Pontifícia Comissão
"Ecclesia Dei". (RL)