Adoração eucarística encorajada por Bento XVI, no Angelus dominical. Apelo do Papa
a favor de todas as pessoas sequestradas
(10/6/2007) No domingo em que em muitos países a Igreja celebrava o “Corpo de Deus”,
Bento XVI recomendou “vivamente” a prática da adoração eucarística. O Papa começou
por evocar o mistério da “Santíssima Eucaristia, presença real do Senhor Jesus Cristo
no Sacramento do altar”, recordando que Cristo quis assim “permanecer connosco e ser
o coração pulsante da Igreja”. “Mesmo depois da Celebração dos divinos mistérios o
Senhor Jesus permanece vivo no tabernáculo” – sublinhou Bento XVI, evocando o “elo
intrínseco” entre a celebração e a adoração. “O maior acto de adoração da Igreja é
o precisamente a Santa Missa, em si mesma”. "A adoração fora da santa Missa prolonga
e intensifica o que ocorreu na celebração litúrgica, tornando possível um autêntico
acolhimento, profundo, de Cristo… Quereria aproveitar a oportunidade que me oferece
a solenidade de hoje para recomendar vivamente aos Pastores e a todos os fiéis a prática
da adoração eucarística." Bento XVI exprimiu o seu “vivo apreço” aos Institutos
de Vida Consagrada, assim como às associações e confrarias que se dedicam de modo
especial à adoração eucarística, oferecendo assim a todos “um apelo à centralidade
de Cristo na nossa vida pessoal e eclesial”. O Papa congratulou-se também com o facto
de “muitos jovens irem redescobrindo a beleza da adoração, pessoal e comunitária”
e convidou os padres a encorajarem neste sentido os grupos juvenis, seguindo-os de
perto para assegurar “formas sempre apropriadas e dignas” de adoração comunitária,
“com adequados tempos de silêncio e de escuta da Palavra de Deus”. "Na vida de
hoje, muitas vezes rumorosa e dispersiva, é mais do que nunca importante a capacidade
de silencia interior e de recolhimento: a adoração eucarística permite fazê-lo não
só centrado no ‘eu’, mas sim em companhia daquele ‘Tu’ cheio de amor que é Jesus Cristo,
‘o Deus próximo de nós’." E o Papa concluiu fazendo votos de que “a Virgem Maria,
Mulher eucarística, nos introduza no segredo da verdadeiro adoração”. “O seu coração,
humilde e simples, estava sempre recolhido e concentrado no mistério de Jesus, no
qual adorava a presença de Deus e do seu Amor redentor. Que por intercessão de Maria
cresça em toda a Igreja a fé no Mistério eucarístico, a alegria de participar na santa
Missa, especialmente dominical, e o impulso a testemunhar a imensa caridade de Cristo”. Foi
depois da recitação das Ave Marias, Bento XVI referiu o facto de que lhe é frequente
pedido que se interesse por pessoas, nomeadamente padres católicos, sequestrados por
diversos motivos e em várias partes do mundo. Apelos que de modo algum o deixam insensível:
"Dirijo o meu premente apelo aos autores de tais actos execráveis, para que tomem
consciência do mal realizado e restituam sem mais tardar ao afecto dos seus entes
queridos todos os que se encontram detidos. Confio as vítimas à materna protecção
de Maria Santíssima, Mãe de todos os homens."