2007-06-08 18:13:01

DIRETOR-EXECUTIVO DA CARITAS INTERNATIONALIS NA JORDÂNIA DENUNCIA ÊXODO DE CRISTÃOS DO IRAQUE


Amã, 07 jun (RV) - Prosseguem, no Vaticano, os trabalhos da assembléia geral da Caritas Internationalis, ao mesmo tempo em que cresce a expectativa para a audiência do Papa, programada para amanhã, sexta-feira, na qual o Santo Padre dirigirá uma mensagem aos participantes.

O diretor-executivo da Caritas Internationalis na Jordânia, Wael Suleiman, ofereceu números inquietadores sobre a presença dos cristãos no Iraque: antes de 2003, eram mais de meio milhão. Hoje não restam mais de 20-25 mil cristãos no país do Golfo. A Jordânia acolheu, até hoje, cerca de 800 mil refugiados em fuga do Iraque, dos quais, 10% de cristãos. Ninguém, até então, havia falado de uma cifra tão exígua.

O êxodo em massa da comunidade cristã do Iraque testemunha as difíceis condições de vida de uma minoria reduzida a uma situação dramática, ameaçada e perseguida diariamente.

O receio de sofrer violências e perseguições leva até mesmo os dois delegados da Caritas Internationalis no Iraque, presentes na assembléia geral destes dias, no Vaticano, a evitar escrupulosamente todo e qualquer contato com os jornalistas.

"Eles não querem falar _ explica a porta-voz da Caritas Internationalis, Nancy Mcnally _ porque se seus nomes ou rostos aparecem na mídia, a própria sobrevivência deles será colocada em perigo."

"Os cristãos _ diz Suleiman _ sofrem uma dupla perseguição: por parte sunita e por parte xiita. Onde, até pouco tempo atrás, havia inteiros bairros cristãos, hoje não permanecem mais que poucas famílias que, se saem de casa para visitar, por exemplo, algum parente, correm o risco de não encontrar mais suas habitações, quando retornam, porque elas podem ser ocupadas pelos muçulmanos. A vida para eles acabou _ enfatiza o diretor da Caritas Internationalis na Jordânia. (RL)







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