(8/6/2007) A importância da plena participação na eucaristia foi sublinhada pelo
Arcebispo de Braga. D. Jorge Ortiga apontou que “não nos poderemos resignar a uma
mera presença”, pois “celebrar devotamente não permite rotinas ou hábitos”. A
participação na eucaristia “não é uma pausa ou interrupção da vida, mas antes um momento
vital”, indicou aos presentes na Sé Catedral de Braga, que participavam na celebração
do Corpo e Sangue de Cristo. Recordando a Exortação Pós Sinodal sobre a Eucaristia,
o Arcebispo de Braga referiu que “se a comunhão é extensiva à criação e a todos os
seres humanos, a maneira de a tornar visível é a solidariedade activa como compromisso
sério com todos, pois ninguém nos é indiferente”. Esta acção solidária, a par
da participação eucarística “deve passar para o quotidiano de todos conforme a sua
vocação”. Assim aos presbíteros e diáconos, D. Joreg Ortiga lembrou que o serviço
da Eucaristia deve ser “realizado com solicitude e constante preparação”. Aos
leigos, e às famílias pediu para que “encontrem no Sacramento do Amor de Cristo a
energia de que precisam para transformar a própria vida num sinal autêntico da presença
do Senhor nos diversos ambientes que caracterizam a vocação laical, pois o mundo do
trabalho, da política, da economia, do desporto... necessitam desta presença do Ressuscitado”.
Aos consagrados e consagradas pediu para “manifestarem com a própria existência
eucarística, o esplendor e a beleza de pertencer totalmente ao Senhor, pois o mundo
necessita de sinais da beleza de Deus”. Mas indicou contudo que “não é suficiente
a celebração e a participação”, pois “teremos de traduzir na vida o que celebramos
no dia do Senhor. Necessitamos de verificar que os nossos cristãos não conseguem viver
sem a Eucaristia. Precisamos de celebrações participadas e vividas por sacerdotes
e leigos”.Por isso afirmou que “talvez tenhamos Eucaristia a mais e Eucaristia a menos”.
D. Jorge Ortiga lembrou que “se hoje levamos Cristo pelas ruas das nossas cidades,
coloquemo-Lo nas nossas vidas mostrando que a Eucaristia marca o ritmo do nosso quotidiano.
Ousemos acreditar mais e viver este dom precioso”.