2007-05-29 14:33:42

Apesar da questão dos direitos humanos, a China procura aproximar-se da UE


(29/5/2007) Os titulares das diplomacias europeia e chinesa tentaram segunda feira em Hamburgo, na Alemanha, passar em revista a actualidade internacional e o acordo de “parceria estratégica” e de cooperação que está a ser negociado entre as duas partes
UE e China também prepararam a próxima Cimeira entre os dois blocos, que se realizará a 23 de Novembro próximo, em Pequim, na qual a delegação dos 27 da UE será chefiada por José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, país que então presidirá à UE, até ao final do ano.O rápido desenvolvimento económico da China nos últimos 20 anos tem tido um impacto significativo nas relações políticas, económicas e comerciais com a União Europeia. O comércio entre os dois parceiros aumentou mais de seis vezes, desde o início das reformas económicas na China, em 1978, e totalizou 210 mil milhões de euros, em 2005, segundo dados da Comissão Europeia.A reunião da Troika europeia com a China tem lugar à margem do habitual encontro dos 46 países da Europa e da Ásia (ASEM), que se realiza de dois em dois anos, alternadamente num e no outro continente.
A UE considera a China um “parceiro estratégico” e as duas partes iniciaram, no início do corrente ano, as negociações para um novo Acordo de Parceria e Cooperação, que enquadrará, quando concluído, todas as relações bilaterais.No segundo semestre do ano, Portugal vai tentar concluir esse Acordo, que prevê a criação de novos processos de cooperação em sectores como o do comércio, direitos humanos, energia, ciência e tecnologia e ambiente, entre outros.Mas europeus e chineses também têm vários problemas para resolver, como a questão do embargo à venda de armas à China, que a UE tem em vigor, apesar dos protestos de Pequim. Bruxelas tem avisado que o fim desse embargo depende da colaboração chinesa, nomeadamente “de passos concretos para melhorar a protecção aos direitos humanos no país”.Outros temas controversos foram a pirataria de marcas, que vai de medicamentos a automóveis, passando pelo vestuário e artigos de luxo, e a sua ampla expressão na China, que preocupa a generalidade dos países europeus.
No domínio externo, das relações bilaterais políticas e diplomáticas, e das questões regionais e internacionais de maior premência, Iraque, Irão, Médio Oriente e Península Coreana foram ainda temas dominantes da reunião.







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