2007-05-27 12:33:31

A Igreja é missionária até aos confins do mundo. O Evangelho destina-se a todos e Roma reveste um papel unificador - salientou Bento XVI no Domingo de Pentecostes


(27/5/2007) Neste Domingo de Pentecostes Bento XVI recitou a antífona mariana do tempo pascal Regina Coeli com os milhares de fiéis congregados ao meio dia na Praça de S.Pedro e todos aqueles sintonizados através da Rádio e da Televisão. Precedentemente o Papa falara da Igreja que teve o seu inicio solene com a descida do Espírito Santo sobre a comunidade dos discípulos, assíduos e concordes na oração, reunidos com Maria, a mãe de Jesus e com os doze Apóstolos.
O Evangelho destina-se a todos os povos e Roma - salientou o Santo Padre - é o nome concreto da catolicidade e da missionariedade, exprime fidelidade ás origens, á Igreja de todos os tempos, a uma igreja que fala todas as línguas e vai ao encontro de todas as culturas.
Da janela dos seus aposentos Bento XVI explicando o sentido da festa de Pentecostes falou das características essenciais e qualificadoras da Igreja:
“A Igreja é una, como a comunidade de Pentecostes, que estava unida na oração e concorde; tinha um só coração e uma só alma. A Igreja é santa, não pelos seus méritos, mas porque, animada pelo Espírito Santo, mantêm o olhar fixo sobre Cristo, para se tornar conforme a Ele e ao seu amor. A Igreja é católica porque o Evangelho destina-se a todos os povos e por isso, já no inicio, o Espírito Santo faz com que ela fale todas as línguas.
A Igreja é apostólica porque, edificada sobre o fundamento dos Apóstolos, guarda fielmente o seu ensinamento através da cadeia ininterrupta da sucessão apostólica.
Além disso a Igreja é por sua natureza missionária, e desde o dia de Pentecostes o Espírito Santo não cessa de a impulsionar através dos caminhos do mundo, até aos extremos confins da terra e até ao fim dos tempos.
Esta realidade que podemos verificar em todas as épocas – acrescentou depois o Papa - de uma certa maneira está já antecipada nos Actos dos Apóstolos, onde se descreve a passagem do Evangelho dos Hebreus aos pagãos, de Jerusalém a Roma. Roma está a indicar o mundo dos pagãos e assim todos os povos que estão fora do antigo povo de Deus. Efectivamente os Actos dos Apóstolos concluem-se com a chegada do Evangelho a Roma
“ Pode-se então dizer que Roma é o nome concreto da catolicidade e da missionariedade, exprime a fidelidade ás origens, á Igreja de todos os tempos, a uma Igreja que fala todas as línguas e vai ao encontro de todas as culturas”.
Bento XVI concluiu confiando todos á materna intercessão de Maria, para que o Espírito Santo desça com abundância sobre a Igreja do nosso tempo, encha os corações de todos os fiéis e acenda neles e em nós o fogo do seu amor.
No final da recitação do Regina Coeli o Papa dirigiu a sua saudação a 16 bandas musicais vindas da Áustria e da Alemanha para festejar, embora com algumas semana de atraso, os seus 80 anos. Com os seus trajes regionais, os mil músicos tinham desfilado neste sábado na Rua da Conciliação para dar um pequeno concerto na Praça de São Pedro, precisamente debaixo das janelas dos aposentos pontificios







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