2007-05-24 17:02:20

OBSERVADOR PERMANENTE DA SANTA SÉ NA ONU DENUNCIA GRAVES ATRASOS NA INFORMAÇÃO ÀS POPULAÇÕES SOBRE PREVENÇÃO DA AIDS


Nova York, 23 mai (RV) - Mais informações sobre como prevenir o contágio do vírus HIV, responsável pela AIDS, maiores recursos para tratar da doença e maior colaboração entre os países: foi o que solicitou o observador permanente da Santa Sé na ONU, em NY, Dom Celestino Migliore, em seu pronunciamento de ontem, terça-feira, perante a Assembléia Geral do organismo.

"Não pode haver desculpas" para o fato que, 25 após o surgimento dessa pandemia, "todos os povos não disponham ainda, de informações justas, precisas e confiáveis sobre como educar-se e viver uma vida mais segura" _ advertiu o representante vaticano, no encontro realizado na sede central da ONU. O objetivo desse encontro era fazer uma avaliação sobre o objetivo de garantir, até 2010, o acesso universal aos programas de prevenção, tratamento e ajuda no que diz respeito à AIDS.

Evocando o "detalhado e amplo relatório" do secretário-geral da ONU sobre o assunto, Dom Migliore ressaltou os maiores desafios a serem afrontados, ou seja, "assistir 39 milhões e meio de pessoas que vivem, atualmente, com o HIV; reduzir o número de pessoas que morrem de AIDS, a cada ano (em 2006, foram 2 milhões e 900 mil); prevenir novas infecções (hoje, elas são cerca de 4 milhões ao ano); e, sobretudo, cuidar dos jovens, que representam 40% dos novos casos".

Mas "se os números falam por si _ advertiu o prelado _ eles não abrangem, todavia, toda a realidade". De fato, dos 7 milhões e 100 mil pessoas que necessitam de remédios antiretrovirais, somente 2 milhões os recebem _ denunciou _ acrescentando que, "quantificando os recursos exigidos em nível global", se estima que, para fazer frente ao HIV, são necessários aos países de baixa e média renda, 18 e 22 bilhões de dólares, para os anos 2007 e 2008.

"Ao todo, os dados são esmagadores _ observou o arcebispo Migliore _ mas considerados em seu contexto, pessoa por pessoa, são apenas uma fração daquilo que nós, como comunidade internacional, podemos e devemos fazer."

Portanto, "todos nós devemos intensificar nossos esforços" _ pediu o observador vaticano, reafirmando o compromisso da Santa Sé na luta contra a doença, mediante "uma rede global de cerca de 1.600 hospitais, 6 mil clínicas e 12 mil iniciativas de natureza caritativa e social nos países em desenvolvimento".

O prelado expressou sua convicção de que fornecer informações e oportunidades para uma educação respeitosa dos valores naturalmente fundamentados é de capital importância, tanto para o progresso científico quanto para a prevenção pessoal.

Por fim, Dom Celestino Migliore exortou todos os Estados a fornecerem "dados precisos", "por quanto possa ser difícil", a fim de monitorar e avaliar a situação em nível global. (RL)







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