2007-05-22 18:36:33

CHINA E VATICANO DEVEM INTENSIFICAR DIÁLOGO EM VISTA DE NOMEAÇÕES DE BISPOS


Macau, 21 mai (RV) - A China e o Vaticano devem intensificar o diálogo, em vista da nomeação de bispos, segundo o Bispo de Macau, Dom José Lai Hung-seng, que ofereceu Macau como anfitriã dos encontros.

Sublinhando que a nomeação dos bispos é um dos pontos que tem dificultado o relacionamento entre a China e o Vaticano, Dom Hung-seng considera que o Vaticano "deve investir no diálogo" e "intensificar as conversas sobre a nomeação dos bispos".

"A Santa Sé já o faz com outros países, já dialoga com os governos quando há necessidade de nomear um bispo, e poderá fazê-lo também com a China" _ sublinhou o prelado.

O processo de nomeação dos bispos na China é o maior entrave para a normalização das relações bilaterais entre Pequim e a Santa Sé. A nomeação de bispos é também a principal causa de separação entre as "duas Igrejas Católicas" que coexistem na China _ a oficial e a clandestina. A Igreja Católica "clandestina", fiel ao papa e à Igreja de Roma, conta cerca de 10 milhões de fiéis, que celebram missas em suas próprias casas e, por isso, são alvo de perseguições por parte das autoridades.

A Igreja Católica oficial, que se intitula "Associação Católica Patriótica", é subordinada ao Estado, assim como as outras quatro Igrejas permitidas na China _ Budista, Taoísta, Islâmica e Protestante. A Associação Católica Patriótica conata cerca de quatro milhões de fiéis e se recusa a reconhecer a autoridade da Santa Sé.

Em 1951, a China rompeu relações diplomáticas com o Vaticano, o que levou a Santa Sé a reconhecer e instaurar relações diplomáticas com Taiwan _ a ilha que Pequim considera apenas como uma província rebelde, mas que tem um governo próprio desde 1949 e reivindica independência da China. (CM)







All the contents on this site are copyrighted ©.