2007-05-19 09:51:15

"Caridade pastoral", formação e acompanhamento dos padres, diálogo com os muçulmanos: exortações do Papa aos Bispos do Mali


(18/5/2007) Ainda em Castelgandolfo, antes de regressar ao Vaticano, Bento XVI recebeu os Bispos do Mali, em Roma para a quinquenal visita “ad limina Apostolorum”. O Papa exortou-os a encontrarem na “caridade pastoral” a sua unidade interior e o manancial das suas energias, assim como no afecto expresso ao rebanho que lhes foi confiado. “Sede pastores ardentes que guiam o povo de Deus como homens de fé, com confiança e coragem, sabendo ser próximos de todos, para suscitar a esperança, mesmo nas situações mais difíceis”.
Bento XVI pediu que cada um dos bispos malianos seja para os seus padres “pai, irmão e amigo”: “Eles cooperam generosamente na vossa missão apostólica, vivendo muitas vezes situações humanas e espirituais difíceis." "É necessário que os padres vivam a sua identidade sacerdotal dando-se totalmente ao Senhor, para o serviço desinteressado dos seus irmãos, sem desanimar diante das dificuldades que têm que enfrentar”.
Para tal, impõe-se cuidar da formação exercitada nos Seminários, que não se pode limitar à transmissão de noções abstractas. Há que preparar os candidatos ao ministério sacerdotal, em ligação estreita com as realidades da missão e da vida presbiteral. Na base da formação sacerdotal – advertiu o Papa – está a formação humana. “Uma atenção particular à sua maturidade afectiva permitir-lhes-á dar uma resposta livre à vida no celibato e na castidade, precioso dom de Deus”.
Não faltou nas palavras do Papa aos bispos do Mali uma referência aos fiéis leigos, quee – “devem tomar uma renovada consciência da sua missão particular no seio da única missão da Igreja”, comprometendo-se também, “resolutamente, na edificação de uma sociedade justa, solidária e fraterna”, “santificando o mundo e inserindo nele o espírito do Evangelho”. Para tal, Bento XVI recomendou a formação de leigos competentes, para servir o bem comum, formação que deve incluir o conhecimento da doutrina social da Igreja, para serem “capazes de enfrentar as tarefas quotidianas que lhes tocam nos âmbitos políticos, económicos, sociais e culturais, mostrando que a probidade na vida pública abre o caminho à confiança da parte de todos e a uma sã gestão dos negócios e questões.
Referindo depois a pastoral do casamento, o Papa recordou o “dever da Igreja de ajudar os baptizados, particularmente os jovens, a compreender a beleza e dignidade deste sacramento na existência cristã”. A concluir, Bento XVI congratulou-se com as relações cordiais que os católicos do Mali mantêm com os compatriotas muçulmanos, encorajando a aprofundar estas relações, para favorecer a amizade e uma colaboração frutuosa entre cristãos e muçulmanos.








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