2007-05-18 19:33:00

SERÃO RETOMADOS COLÓQUIOS BILATERAIS ENTRE SANTA SÉ E ESTADO DE ISRAEL SOBRE QUESTÕES JURÍDICAS E FINANCEIRAS


Cidade do Vaticano, 18 mai (RV) - Pela primeira vez, após cinco anos, os principais negociadores da Santa Sé e do Estado de Israel se encontrarão no Vaticano, na próxima segunda-feira, dia 21, no âmbito da plenária da Comissão Bilateral Permanente de trabalho entre Santa Sé e Estado de Israel. A última plenária teve lugar no dia 12 de março de 2002.

Esta nova reunião havia sido programada para 29 de março passado, mas Israel cancelou, na última hora, o envio de seus negociadores, explicando que o chefe de sua delegação, o diretor-geral de seu Ministério das Relações Exteriores, fora obrigado a permanecer em Israel, em razão de um acúmulo inesperado de compromissos de política externa.

O chefe da delegação da Santa Sé será o subsecretário para as Relações com os Estados, Dom Piero Parolin.

A tarefa específica desta plenária será tentar progressos significativos nas negociações sobre o "acordo global".

O acordo prevê a segurança das propriedades religiosas da Igreja Católica em Israel e a confirmação das isenções fiscais de que a Igreja já gozava, no momento do nascimento do Estado de Israel, isenções que as NN.UU. haviam garantido que seriam mantidas pelo Estado judeu.

O "acordo global" é exigido pelo Acordo Fundamental, que Israel assinou com a Santa Sé, no dia 30 de dezembro de 1993. Apesar disso, as negociações se prolongam sem resultados concretos há mais de oito anos, desde 11 de março de 1999.

"Redigir um acordo no estilo apropriado a um texto jurídico dessa natureza exige tempo e esforço" _ explicou o especialista em relações Igreja-Estado de Israel, o franciscano Pe. David Jaeger.

Além disso _ esclareceu "não há motivo para que essas negociações não possam alcançar sucesso". "A Igreja não pretende nada mais do que o ulterior reconhecimento formal dos direitos por ela adquiridos precedentemente, junto com certas garantias fundamentais para a segurança legal de seus lugares sagrados" _ explicou Pe. Jaeger. (RL)







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