JESUÍTAS CONSTERNADOS POR EXPULSÃO DE SACERDOTE DE MADAGÁSCAR
Antananarivo, 18 mai (RV) - Com grande consternação, a Companhia de Jesus (Jesuítas)
de Madagáscar, a Arquidiocese de Antananarivo e os fiéis receberam a notícia da expulsão
de Pe. Sylvain Urfer, jesuíta, de origem francesa.
O sacerdote foi convocado
a comparecer ao Ministério do Interior, onde, ao que parece, foi interrogado por alguns
minutos. A seguir, foi-lhe notificada a decisão do governo, de suspender seu visto
e de proibir sua permanência e ingresso no território de Madagáscar. Foi-lhe dado
um prazo de 48 horas para deixar o país, que ele já deixou no último sábado, dia 12,
com destino a Paris.
A nada serviram as intervenções da embaixada francesa
e da nunciatura, junto ao governo. "Não foi possível dialogar" _ disse o arcebispo
de Antananarivo, Dom Odon Marie Arsène Razanakolona. "Deram-lhe 15 minutos de tempo,
na pista do aeroporto, para saudar seus irmãos e amigos, e Pe. Urfer deixou Madagáscar
nas primeiras horas da madrugada de sábado" _ acrescentou.
Permanecem desconhecidos
os motivos da expulsão do jesuíta, que era conhecido como "o sacerdote dos pobres"
e trabalhava na paróquia Anosybe, no bairro mais pobre da capital malgaxe, Antananarivo,
e estava em Madagáscar há 33 anos. (CM)