Assunção, 18 mai (RV) - A Igreja no Paraguai aproveitou os dias 14 e 15 de
maio _ datas em que se comemora a independência nacional, em 1811 _ para denunciar
a corrupção e a violência que reinam no país, e responsabilizar o Estado pela situação.
"Existe
um recrudescimento da violência" _ sublinhou, no dia 15, o bispo de Carapeguá, Dom
Celso Yegros Estigarribia, no curso da principal celebração religiosa pelo 196º aniversário
da independência, na presença do presidente do Paraguai, Nicanor Duarte Frutos, na
Catedral Metropolitana de Assunção.
Por sua vez, a Sala de Imprensa da Conferência
Episcopal Paraguaia (CEP) emitiu, no último dia 11, um duro comunicado sobre o mesmo
tema, intitulado "Pela vida e pela paz". No texto, o Episcopado assinala o recrudescimento
da violência em suas diferentes formas, mencionando seqüestros e outros crimes e atos
de corrupção.
"A corrupção é uma violência contra o país e contra seu povo,
mais ainda se não se castigam os responsáveis e não se recupera o roubado" _ sublinha
a Sala de Imprensa da Conferência Episcopal.
"A Igreja afirma que a paz é fruto
da justiça. A paz está em perigo, quando não se oferece às pessoas aquilo que lhes
é devido por sua própria condição humana, quando não se respeita sua dignidade e quando
a convivência não é orientada para o bem comum" _ afirma o texto dos bispos, referindo-se
ao Compêndio da Doutrina Social da Igreja. (CM)