BENTO XVI A EPISCOPADO DO MALI: FORMEM SACERDOTES E LEIGOS A SERVIÇO DO EVANGELHO
E DO BEM COMUM
Cidade do Vaticano, 18 mai (RV) - Clero e leigos unidos para responder "ao
imperativo urgente" da paz, da justiça e da reconciliação. Bento XVI concluiu com
essa exortação, o trabalho pastoral do grupo de bispos da República do Mali, noroeste
da África, recebidos em audiência esta manhã, ao término de sua qüinqüenal visita
'ad Limina'.
A audiência realizou-se em Castel Gandolfo, onde o papa se encontrava
desde segunda-feira, ao retorno de sua viagem apostólica ao Brasil. O Santo Padre
voltou ao Vaticano no final da tarde de hoje.
Metade dos 12 milhões de habitantes
do Mali não tem acesso à água potável e a expectativa de vida não supera os 50 anos.
É esse o cenário _ que não deixa muito espaço à esperança _ em que se movem os apenas
20 mil batizados do país.
E é ali, entre a indigência difusa e a exigência
de satisfazer as necessidades elementares de um país posicionado entre o Saara e a
savana, que atuam os prelados dessa nação africana.
No discurso que lhes dirigiu,
o papa pediu que se intensifiquem as ajudas aos casais, a fim de que cesse o temor
suscitado pelo "caráter definitivo" do matrimônio, para a Igreja Católica.
Bento
XVI evidenciou também, "as situações humanas e espirituais difíceis" que transformam
a normal ação pastoral da Igreja num desafio corajoso. Eis porque _ exortou o Pontífice
_ hoje, "o clero diocesano é chamado a ocupar um lugar mais amplo na evangelização",
junto com os religiosos, e a viver em doação "total" a Cristo, a sua "identidade sacerdotal".
O
papa insistiu na necessidade de uma maturidade afetiva para a escolha responsável
do celibato, e na "indispensável" assistência aos leigos, capaz de torná-los "competentes
no serviço do bem comum". A contribuição cristã é fundamental _ prosseguiu Bento
XVI _ para agir com eficácia em nível social e econômico, político e cultural, oferecendo
respostas às emergências, sejam elas sanitárias, escolares ou de outro gênero. (RL)