2007-05-14 17:58:10

Presidente do Brasil pede atenção da Igreja para questões ecológicas


(14/5/2007) O Presidente brasileiro revelou hoje, no seu programa semanal de rádio, ter pedido ao Papa que não deixasse de "discutir a questão do aquecimento do planeta, discutir a questão dos biocombustíveis e, sobretudo, discutir como fazer para ajudar os países africanos que podem ter no biodiesel a solução de desenvolvimento que não tiveram no século XX".
Lula da Silva disse ter conversado ainda com o Papa sobre projectos sociais do Brasil, como o de combate à fome, através do programa de transferência de renda "Bolsa Família", sobre o aquecimento global e os biocombustíveis.
Na avaliação do Presidente, a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e das Caraíbas (CELAM), que decorre até 31 de Maio, em Aparecida, no Estado de São Paulo, contribui para haver "mais harmonia na região". Neste sentido, salientou a importância da integração religiosa entre os países da América Latina, tema que abordou com o Papa Bento XVI durante sua visita pastoral de cinco dias ao Brasil.
"Conversei com o Papa sobre a necessidade da integração religiosa na América Latina, porque a Igreja Católica na América Latina tem um peso muito importante. Nós estamos a falar em integração cultural, integração social, integração energética, integração de ferrovia, tudo. É importante que haja uma integração religiosa", assinalou Lula da Silva.
O Presidente brasileiro reafirmou ainda a importância de manter o Brasil um Estado laico, como "garantia da sustentação democrática também para o Brasil", destacou.
Lula da Silva considerou a visita de Bento XVI um marco histórico e elogiou o compromisso do Papa com as questões sociais. "Ele teve a preocupação de conhecer os problemas de perto aqui no Brasil e teve vários pronunciamentos em que colocou críticas profundas à questão da criminalidade, da violência, do abandono social a que os pobres do mundo estão submetidos. Foi um comportamento muito digno, eu diria, benéfico para nós, povo brasileiro", assinalou.
Redacção/Lusa








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