Frei Galvão, o primeiro Santo nascido no Brasil, canonizado esta sexta feira pelo
Papa em São Paulo
(11 /5/2007) O Beato António de Sant'Anna Galvão (1739-1822) tornou-se, neste dia
11 de Maio o primeiro santo nascido no Brasil. A cerimónia de canonização foi presidida
por Bento XVI, na área de “Campo de Marte” em São Paulo. Frei Galvão nasceu em
Guaratinguetá, no Estado de São Paulo, não muito longe do Santuário de Nossa Senhora
Aparecida. Nasceu numa família profundamente piedosa e conhecida pela sua grande caridade
para com os pobres. Baptizado com o nome de António Galvão de França, depois de
ter estudado com os Padres da Companhia de Jesus, na Baía, entrou na Ordem dos Frades
Menores em 1760. Foi ordenado Sacerdote em 1762 e passou a completar os estudos
teológicos no Convento de São Francisco, em São Paulo, onde viveu durante 60 anos,
até à sua morte ocorrida a 23 de Dezembro de 1822. A vida de Frei Galvão foi marcada
pela fidelidade à sua consagração como sacerdote e religioso franciscano, e por uma
devoção particular e uma dedicação total à Imaculada Conceição, como "filho e escravo
perpétuo". Além dos cargos que ocupou dentro da sua Ordem e na Ordem Terceira
Franciscana, ele é conhecido sobretudo como fundador e guia do Recolhimento de Nossa
Senhora da Conceição, mais conhecido como Mosteiro da Luz, do qual tiveram origem
outros nove mosteiros. Além de Fundador, Frei Galvão foi também o projectista
e construtor do Mosteiro que as Nações Unidas declararam Património cultural da humanidade.
Enquanto ele ainda vivia, em 1798 o Senado de São Paulo definiu-o "homem da paz
e da caridade", porque era conhecido e procurado por todos como conselheiro e confessor,
além do franciscano que aliviava e curava os doentes e os pobres, no silêncio da noite.
Na cerimónia de beatificação, a 25 de Outubro de 1998, João Paulo II lembrava
Frei Galvão pela "sua fé genuinamente franciscana, evangelicamente vivida e apostolicamente
gasta no serviço ao próximo, servirá de estímulo para o imitar como «homem da paz
e da caridade»".