2007-05-07 17:34:35

Santa Sé: uma força moral ao serviço da paz


(7/5/2007) Com o seu empenho a nível internacional, a Santa Sé representa não uma força politica no sentido normal da palavra, mas uma força moral e este facto assegura a eficácia da sua acção a este respeito.
Também a nível diplomático, é movida de facto, não por uma vontade de protagonismo ou de hegemonia, mas pela pura e simples fidelidade ao Evangelho que a impele a esta acção que encontra o seu centro vital na promoção e defesa da pessoa humana, da justiça e da paz.
Na lectio magistralis do cardeal Renato Martino, que foi observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas em Nova Iorque, e hoje é Presidente dos dicastérios “Justiça e Paz e Pastoral dos Migrantes, o Vaticano apresentou-se assim na manhã desta segunda feira aos diplomatas dos países muçulmanos, de numerosos peritos e estudiosos dos cinco continentes, que participam, na prestigiosa sede da Universidade pontifícia Gregoriana, num curso promovido para fazer conhecer a realidade absolutamente unica da Santa Sé, que exerce uma leadership religiosa sobre um bilião de católicos mas é também um Estado soberano com representantes junto de Governos e de Organizações Internacionais.
Na sua intervenção o purpurado deu testemunho pessoal da acção humanizante da diplomacia do Vaticano, especialmente durante as Conferências e Cimeiras internacionais das Nações Unidas, que nos últimos decénios orientaram as politicas relativas aos problemas sociais e económicos da nossa época, e aos direitos humanos.
Da Conferência sobre o Ambiente humano em Estocolmo em 1972 àquela sobre a população em Bucareste em 1974 e na Cidade do México em 1984, da Cimeira de Vancouver em 1976 sobre estabelecimentos humanos áquela de Nairobi em 1985 e de Pequim dez anos mais tarde em 1990, seguida depois em 1992 no Rio de Janeiro sobre desenvolvimento e ambiente, para chegar á Conferencia sobre os Direitos Humanos em 1993 em Viena e àquela sobre o habitat em 1996 em Istambul, “a primeira linha do desempenho da Santa Sé na cena internacional – sublinhou o cardeal Renato Martino - consistiu na promoção e na defesa dos direitos do homem.
O Evangelho – explicou – motiva o profundo empenho pelo reconhecimento do direito á vida de cada ser humano, desde a concepção até á morte natura, pela promoção da
dignidade pessoal das mulheres, defesa do ambiente, direito ao desenvolvimento integral e sustentável, novo nome da paz, e direito dos povos á paz que são e continuam a ser as principais coordenadas da acção diplomática da Santa Sé.
De tal acção o Presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz reivindicou depois os grandes méritos, derivantes não tanto de capacidades tipicamente politicas ou diplomáticas, mas sobretudo, e em primeiro lugar, da capacidade da Santa Sé, nos diferentes contextos nacionais e internacionais, de atribuir uma importância pública e uma visibilidade profética ao discurso religioso e moral sobre o destino dos homens e das mulheres, e sobre os seus direitos fundamentais. É uma homenagem – concluiu – que se deve á diplomacia da Santa Sé que foi e continuará a ser, no seio da grande família das nações, uma testemunha autêntica da dignidade do homem.








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