BENTO XVI APRESENTA SÃO FRANCISCO DE PAULA, NO V CENTENÁRIO DE SUA MORTE, COMO EXEMPLO
QUE CONVIDA AO PERDÃO
Cidade do Vaticano, 05 mai (RV) - "Interlocutor dos simples, com intuições
e incitamentos que falam, ainda hoje, a quem rege os destinos dos homens": com essas
palavras, o presidente do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz", Cardeal Renato
Raffaele Martino, definiu São Francisco de Paula, durante a celebração conclusiva,
dias atrás, das celebrações pelos 500 anos da morte do fundador da Ordem dos Mínimos.
Em
sua homilia, o purpurado _ legado pontifício para o evento, celebrado na cidade de
Paula, Calábria, sul da Itália _ convidou os calabreses a seguirem o exemplo de seu
patrono, colocando de lado o ódio e a inimizade.
Em sua mensagem ao superior-geral
da Ordem dos Mínimos, Pe. Francesco Martinelli, Bento XVI exorta a recordar o quinto
centenário da morte do santo eremita "não somente na perspectiva da memória, mas,
sobretudo, na retomada de um caminho e do impulso de uma proposta de vida".
"Como
filhos e herdeiros de tão grande fundador _ escreve o Santo Padre _ os Mínimos têm,
na Igreja, a missão de manter vivo o convite à penitência. Neste quinto centenário
_ lê-se no texto _ os fiéis devem ser ajudados a venerar São Francisco de Paula, escolhendo-o
como mestre de vida, que chama às exigências do espírito."
Além disso, a exemplo
do santo, o convite do papa é dar atenção aos necessitados. Morto em Tours, na França,
no dia 2 de abril de 1507, e canonizado em maio de 1519, São Francisco é patrono dos
marítimos, além de patrono da Calábria.
Justamente aos calabreses, o Cardeal
Martino dirigiu o convite a trabalharem pela paz, ressaltando o papel fundamental
confiado às famílias, às quais cabe, junto às instituições, a tarefa de "educar ao
amor, para vencer a cultura do ódio, da vingança e da morte, seguindo o ensinamento
do santo da caridade social, portador das palavras perdão e misericórdia". (RL)