2007-05-05 14:54:25

Encorajadora vitalidade missionária do povo cristão


(5/5/2007) Bento XVI recebeu em audiência neste sábado, os participantes no congresso mundial dos Missionários Fidei Donum. O Papa aproveitou a ocasião para falar de algumas dificuldades que emergem nos nossos dias em âmbito missionário. Entre elas limitou-se a sublinhar a diminuição e envelhecimento do clero nas dioceses que um tempo enviavam missionários para regiões longínquas.
No contexto de uma crise vocacional difusa este facto constitui certamente - sublinhou o Papa - um desafio com o qual ocorre confrontar-se . Mas se não podemos ignorar os problemas e as sombras, contudo devemos dirigir o olhar para o futuro com confiança, conferindo uma renovada e mais autentica identidade aos missionários “fidei donum” num contexto mundial sem dúvida diferente em relação aos anos 50 do século passado. Se são muitos os desafios lançados á evangelização na nossa época - disse depois o Papa - são também muitos os sinais de esperança que em todas as partes do mundo testemunham uma encorajadora vitalidade missionária do povo cristão. Mas sobretudo não falte a consciência de que o Senhor antes de se despedir dos seus discípulos, enviando-os a anunciar o seu Evangelho a todos os cantos da terra assegurou-lhes: “Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo”.
Esta certeza - disse Bento XVI a concluir – nunca nos deve abandonar. O Senhor da messe não deixará faltar operários á sua messe, se com confiança e insistência lhe pedirmos na oração e na escuta dócil da sua palavra e dos seus ensinamentos.
A audiência do Papa teve lugar no final da Missa celebrada no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro pelo cardeal Ivan Dias, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos povos.
Sempre por ocasião do 50º aniversario da “Fidei Donum” o cardeal Secretario de Estado Tarcisio Bertone enviou uma carta ao cardeal Ivan Dias.
“Com aquele documento - escreve referindo-se á encíclica Fidei Donum - o Sumo Pontífice entendeu orientar o olhar dos pastores da Igreja para a África, na hora em que o continente se abria á vida do mundo moderno e atravessava os anos talvez mais graves do seu destino milenário.
O documento papal – acrescenta o Cardeal Bertone – lançou uma semente que encontrou terreno fértil e se desenvolveu. Resultam já adquiridos alguns elementos essenciais que contribuem para definir a identidade e configuração dos missionários” fidei donum” : a Igreja é por sua natureza missionária; a Igreja universal concretiza-se e subsiste nas Igrejas particulares; as Igreja particulares desde a sua constituição são missionárias; elas são responsáveis da evangelização em comunhão com todas as outras Igrejas.
A 50 anos de distancia, a praxe das Igrejas particulares de enviar padres e leigos diocesanos para outras Igrejas para a missão “ad gentes”, para a nova evangelização ou simplesmente para ir ao encontro das necessidades de pessoal e de meios das Igrejas mais pobres, é já uma modalidade que com o tempo poderia tornar-se a norma da corresponsabilidade missionária.
Através de tal cooperação, de facto – conclui o Cardeal Bertone – a Igreja inteira torna-se efectivamente missionária.








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