Cidade do Vaticano, 26 abr (RV) - A agência missionária de notícias _ AsiaNews
_ denuncia o desaparecimento, há mais de um mês, do bispo chinês, Dom Martin Wu Qinjing,
que teria sido retirado à força de sua igreja, em Zhouzhi (Shaanxi), e desde então,
mantido seqüestrado, em local incerto.
Dom Wu Qinjing _ explica a AsiaNews
_ é bispo da Igreja Católica "clandestina" na China, portanto, jamais reconhecido
como tal, pela Associação Católica Patriótica, a Igreja oficialmente reconhecida por
Pequim, pelo fato de ele ter sido nomeado por uma "potência estrangeira", ou seja,
o Vaticano.
Em setembro passado, o bispo fora seqüestrado por alguns dias,
porque "ousara" celebrar a santa missa, usando o barrete episcopal. A seguir, suas
missas foram continuamente interrompidas. A AsiaNews acredita que ele se encontre
preso em algum centro de reeducação controlado pela polícia chinesa e pela Associação
Católica Patriótica.
A China continental não mantém relações diplomáticas com
a Santa Sé. No país, coexistem duas "Igrejas católicas" _ a clandestina, fiel ao Papa
e à Igreja em Roma, e perseguida pelas autoridades de Pequim; e a Associação Católica
Patriótica, que seria a Igreja Católica oficialmente reconhecida pelo governo, porque
presta obediência ao Partido Comunista chinês.
Cada uma delas conta milhões
de fiéis. Não é raro que os bispos da Associação Patriótica reconheçam a autoridade
do papa. (CM)