2007-04-26 17:27:55

PONTIFÍCIO CONSELHO "DA JUSTIÇA E DA PAZ" PROMOVE SEMINÁRIO SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS


Cidade do Vaticano, 25 abr (RV) - Inicia-se amanhã, quinta-feira, na sede do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz", um Seminário de dois dias sobre "Mudanças climáticas e desenvolvimento", promovido por esse organismo vaticano.

Expoentes políticos, especialistas e autoridades religiosas dos cinco continentes participarão do encontro. Entrevistado pela Rádio Vaticano, eis o que nos disse sobre o evento, o presidente do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz", Cardeal Renato Raffaele Martino...


Cardeal Martino:- "Em primeiro lugar, é preciso considerar que nem todo o mundo científico anuncia um desastre. Há uma boa parte _ consistente _ de cientistas que não vêem de modo tão negativo, essas mudanças climáticas; aliás, após dizerem que se trata de fenômenos que se repetem no curso dos anos e das épocas, dizem também que por vezes, podem ser até mesmo favoráveis à agricultura e ao desenvolvimento. Naturalmente nós vemos a coisa com um espírito de maior precaução."

P. A Santa Sé, portanto, se preocupa com essas mudanças climáticas, mesmo porque essas mudanças podem produzir conseqüências nos equilíbrios sociopolíticos?

Cardeal Martino:- "Isso é natural: quem tem maiores recursos para afrontar essas mudanças, tem também maior serenidade; já quem não tem esses recursos, tem maior preocupação. Certamente, também nesse campo, se faz sempre apelo à solidariedade internacional e à comunidade internacional. É necessário refletir sobre a situação e sobre cada aspecto, como por exemplo, o relativo às fontes de energia, que são consumidas em grande parte pelo mundo desenvolvido. Existem, portanto, evidentes desequilíbrios. Trata-se de problemas importantes que é necessário afrontar e que comportam também uma mudança de estilos de vida. Isso é importantíssimo."

P. O que se pode fazer, procurando preservar, ao mesmo tempo, as exigências da justiça social?

Cardeal Martino:- "Isso representa a finalidade do nosso seminário, do nosso encontro internacional. É preciso aprender o modo de afrontar esses problemas modernos. É importante também, não os deixar somente aos cientistas, mas procurar, também nós, perguntar-nos e, portanto, compreender como todos nós, pessoas comuns, podemos, com a nossa ação pessoal, contribuir para a resolução e a contenção dessas situações." (RL)







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